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《 aemond targaryen x visenya targaryen 》
? ?? ? ?? ? ? Após uma noite proibida e apaixonada entre Rhaenyra e Daemon Targaryen, nasce Visenya, fruto secreto de sua uni?o. Tomada pelo medo d...
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Símbolo da Realeza.
➛Visenya.
O som infantil das risadas preenchia o berçário como uma melodia suave, interrompida de tempos em tempos pelos estalidos apressados de passos pequenos e pela queda inevitável de brinquedos de madeira no chão de pedra. A luz do fim da manhã atravessava os vitrais coloridos, tingindo o ambiente de tons róseos e dourados. Era um espaço cálido e acolhedor – ainda que, para ela, o mundo ao redor parecesse sempre ameaçador e incerto.
Ela estava sentada sobre uma almofada, com os joelhos juntos e os braços apoiados neles, observando em silêncio os quatro pequenos que corriam entre os tapetes: Jaehaerys, Jaehaera, Aegon, o jovem, e o pequeno Joffrey. A visão das crianças brincando, tão alheias às intrigas e aos horrores do mundo adulto, trazia a ela uma estranha paz... e uma pontada de saudade da infância que nunca teve.
Ao seu lado, Helaena bordava algo em um bastidor de linho, mas sua atenção estava tão dispersa quanto a linha solta entre seus dedos. Seus olhos estavam presos nas crianças, com um sorriso melancólico nos lábios.
— Eles se dão bem, não é? — murmurou a princesa, com a voz suave como uma brisa entre as folhas. — Apesar de tudo que está em torno deles, talvez melhor do que qualquer um de nós jamais conseguiu.
Visenya assentiu, com um sorriso leve tocando seus lábios.
— Acho que as crianças ainda enxergam o mundo com menos divisões, menos nomes e menos disputas. Elas só veem outros pequenos com quem correr e rir.
Helaena abaixou o bastidor e virou-se para encará-la.
— Visenya... — começou, hesitante, com os dedos crispando o tecido. — Eu preciso lhe pedir perdão.
Ela olhou para a cunhada de lado, confusa.
— Pelo quê?
— Por ter guardado o segredo de quem você era. Por saber que você era filha de Daemon e Rhaenyra e nunca ter lhe contado. — A princesa abaixou os olhos, como se tivesse medo de encontrar julgamento nos de Visenya. — Eu sabia, mas me calei. Por medo... ou covardia, talvez.
Por um momento, o silêncio caiu entre elas, como uma bruma fina.
— Está tudo bem, Helaena — respondeu ela, depois de respirar fundo. — Já passou. A verdade veio, e eu sobrevivi a ela. Estou... tentando entender quem sou agora.
A segunda filha do rei ergueu os olhos, aliviada, mas ainda carregando aquele brilho etéreo que tantas vezes a fazia parecer mais espectro do que mulher.
— Eu sempre sonhei com você — disse ela. — Antes mesmo de sabermos quem você era. Sonhos estranhos... fragmentados. Às vezes com sangue. Às vezes com fogo. Mas você estava sempre lá — ela sorriu com doçura, quase enigmática. — Só que os sonhos nunca me mostraram de quem você era filha, apenas que estava destinada à grandeza.