抖阴社区

30.

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Sentimentos em Conflito.

Rhaenyra.

A princesa herdeira parou à porta da sala do Pequeno Conselho, com os dedos deslizando suavemente sobre o frio entalhe da madeira. Respirou fundo. Havia decidido, ainda a caminho de Porto Real, que participaria das reuniões durante sua breve estadia – fosse ela curta ou não. Era um gesto que serviria para reafirmar sua posição, para lembrar a todos que, apesar dos anos de distância e do crescente peso das novas alianças, ela continuava sendo uma presença central no jogo pelo trono. Mais do que isso, ela sabia que precisava ouvir com seus próprios ouvidos como estava o reino, sentir com seus próprios olhos o estado da corte, depois de tantos anos longe da política sufocante da Fortaleza Vermelha.

O sussurrar abafado de vozes do outro lado da porta a fez apertar o punho por um breve instante. Muito havia mudado. Muito ainda mudaria. Mas ela ainda era Rhaenyra Targaryen, a herdeira por direito – e agora, mais do que nunca, precisava provar isso.

Com um movimento decidido, ela empurrou as portas, deixando que se abrissem lentamente, como se o próprio mundo estivesse aguardando sua entrada. A luz dourada da manhã invadia o salão, iluminando a longa mesa de madeira e revelando os rostos que, em perfeita sincronia, se voltaram em sua direção. Ela não disse uma única palavra. Não precisava. O impacto de sua presença era suficiente para atravessar o ambiente como uma corrente invisível.

Otto Hightower a observava com olhos atentos, o brilho calculista em seu olhar deixando claro que estava ansioso para ver como os próximos movimentos se desenrolariam. Ao seu lado, Alicent Hightower mantinha a fachada habitual de serenidade, embora a primogênita de Viserys soubesse bem demais o quanto daquela calma era apenas um verniz prestes a rachar. E então, havia Aegon – reclinado preguiçosamente em sua cadeira, ostentando um sorriso malicioso, como se já estivesse preparando algum comentário sórdido para lançar.

Foi só então que Rhaenyra realmente notou.

Ela piscou, com o cenho franzido brevemente.

O que, pelos sete infernos, Aegon estava fazendo ali?

Desde quando ele – o indolente, o irresponsável – participava das reuniões do Pequeno Conselho?

Cada passo que dava até sua cadeira era calculado com precisão, como se estivesse caminhando sobre gelo fino, consciente de que qualquer movimento em falso poderia fazê-la despencar em um abismo sem fundo. O som dos seus saltos ecoava pelo salão silencioso, cada batida ressoando como uma declaração de presença. Quando, enfim, alcançou seu assento, ela se sentou sem pressa – mas também sem hesitação. Havia firmeza em seus gestos, a calma controlada de alguém que sabia exatamente o peso que carregava.

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