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By MabeleBlackSnow

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By MabeleBlackSnow

                                          ☼ ☽ ༄

Sob o Peso do Sangue.

                                        Visenya.

     Seu quarto estava mergulhado em uma tranquilidade enganosa, com o som suave do pano deslizando pela moldura da janela enquanto ela limpava distraidamente. Os últimos raios de sol pintavam o chão de tons dourados, mas seu olhar estava perdido, fixo em algum ponto distante além do vidro empoeirado.

     Por mais que tentasse se concentrar nas tarefas simples, sua mente insistia em vagar para os últimos acontecimentos. Aemond não aparecera desde a última vez em que ela o cortou no abdômen e cuidou dele, mas a sombra de sua presença parecia pairar sobre tudo. Algo estava diferente, e a sensação de que as paredes do bordel estavam se fechando ao seu redor era impossível de ignorar.

     Um barulho repentino fez com que ela se virasse bruscamente. A porta abriu-se de supetão, e Allyria entrou apressada, com o rosto sério e os olhos arregalados.

— Precisamos conversar. Agora. — disse a mulher, fechando a porta atrás de si com um movimento rápido e ansioso.

     Visenya franziu o cenho, largando o pano sobre a mesa.

— O que houve?

— Um guarda esteve aqui durante esta lua. — Allyria cruzou os braços, inclinando-se como se quisesse reforçar a gravidade do que estava dizendo. — Ele é membro da Guarda Real.

     Visenya congelou.

— Guarda Real? — repetiu, como se a pergunta pudesse alterar a realidade.

— Sim. — A mais velha respirou fundo, ajeitando os cabelos nervosamente. — Eu ouvi as outras garotas comentando. Ele estava conversando com Mysaria... sobre você.

     Ela sentiu o coração acelerar, com sua mente girando em possibilidades. Um guarda real? Quem mais teria interesse em saber algo sobre ela? Não havia dúvidas sobre quem poderia estar por trás disso, mas, ainda assim, a pergunta escapou de seus pensamentos. Será que foi ele?

     Era quase impossível pensar em outra resposta. Aemond conhecia todos os detalhes de sua vida, sabia onde ela estava e tinha os recursos para mandar alguém vigiá-la. Ele sempre sabia. Sempre controlava. Quanto mais Visenya pensava, mais a certeza se solidificava: era ele.

— O que exatamente esse guarda queria? — perguntou, sua voz mais firme do que se sentia por dentro.

— Ele queria informações sobre você. — Allyria hesitou antes de continuar, como se ponderasse a melhor forma de revelar o que sabia. — Me falaram que Mysaria contou ao guarda que o príncipe Aemond tem visitado você, mas... ela insinuou que você está recebendo favores especiais dele.

     Visenya respirou fundo, sentindo a raiva e a indignação crescerem.

— É claro que ela diria algo assim. — Sua voz era amarga. — Mysaria só sabe pensar em como transformar tudo em vantagem para si mesma.

     Allyria deu de ombros, mas seu rosto mostrava preocupação.

— Você não confia nela, e com razão. Mas se ela realmente disse isso a um guarda real, e sabe os deuses o que mais... — a mais velha fez uma pausa, olhando para os lados. — Você acha que pode ser o príncipe Aemond quem mandou este guarda aqui?

     Visneya apertou os dedos contra a borda da mesa, tentando manter a calma.

— E quem mais faria isso? Ele sempre sabe onde estou, sempre sabe tudo sobre mim...

     Allyria a observou com um misto de pena e apreensão antes de perguntar:

— Você ainda está pensando em fugir? Para Lys?

     Visenya desviou o olhar, encarando o chão de madeira. Por um momento, deixou o silêncio falar por ela, mas então suspirou, respondendo com um fio de voz:

— Eu não sei. — Ela apertou as mãos contra a mesa novamente, com o olhar perdido. — Preciso falar com Maris antes de decidir qualquer coisa.

— Maris? — Allyria arqueou uma sobrancelha, intrigada.

— Sim. — Visenya ergueu os olhos para ela. — Fugir agora... seria como cuspir em tudo o que ela fez por mim. Maris me ensinou a sobreviver, não a fugir.

     A mulher parecia querer dizer algo, mas hesitou; então, apenas suspirou.

— Certo. Mas não demore, Visenya. Se esse guarda voltar... — ela balançou a cabeça, deixando o restante da frase implícito.

     O silêncio tomou conta do quarto novamente, exceto pelos passos de Allyria se afastando. Quando a porta se fechou, ela permaneceu imóvel, o peso das palavras da mulher crescendo como uma pedra no estômago.

     Fugir parecia ser a única saída, mas uma parte dela resistia. Ainda assim, o nome de Aemond ecoava em sua mente como uma sombra constante, ameaçadora e irresistível.

{...}

     O salão do bordel estava silencioso, algo raro naquele lugar que, normalmente, era tomado por risadas altas, conversas animadas e o som de passos apressados. A penumbra da madrugada preenchia o espaço, com a luz das velas projetando sombras longas nas paredes. Visenya entrou devagar, com os olhos se ajustando ao ambiente quase vazio.

     Maris estava sentada em uma poltrona próxima ao balcão, com uma taça de vinho entre os dedos. Sua postura era descontraída, mas o olhar fixo no líquido rubro denunciava que sua mente estava longe. Seus cabelos, que em outros momentos estavam perfeitamente arrumados, caíam soltos pelos ombros. Ela parecia menos uma proprietária de bordel e mais uma mulher comum, cansada de carregar o peso do mundo.

— Ainda acordada? — perguntou Visenya, a voz hesitante ao romper o silêncio.

     Maris ergueu os olhos e sorriu levemente ao vê-la.

— Alguém precisa garantir que tudo esteja em ordem. — A mais velha deu um gole no vinho antes de fazer um gesto para a cadeira à sua frente. — Sente-se. Está tarde, e você parece tão inquieta quanto eu.

     Visenya hesitou, mas obedeceu. Sentou-se, cruzando as mãos no colo, enquanto o silêncio entre elas voltava a se estender. Maris a observou com atenção, como uma mãe que conhece o filho bem demais para ser enganada.

— O que está te incomodando, querida? — perguntou a mulher, com a voz suave, mas firme.

     A jovem baixou o olhar, os dedos apertando-se nervosamente.

— Allyria me contou algo hoje... — começou, com a voz trêmula. — Um guarda esteve aqui durante esta lua. Um membro da Guarda Real. Ele, aparentemente, estava atrás de informações sobre mim.

     Maris permaneceu em silêncio, mas o leve arqueamento de sua sobrancelha indicava que ela estava prestando atenção a cada palavra.

— Ele conversou com Mysaria. — Visenya continuou, com um tom de amargura. — E ela disse coisas... coisas que acredito que podem complicar ainda mais minha situação.

     Maris suspirou, repousando o copo sobre o balcão ao lado.

— Não é surpresa que Mysaria faria algo assim. Ela só pensa no que pode ganhar. Mas o que mais te preocupa, Visenya?

     A jovem hesitou novamente, com a garganta apertada enquanto procurava as palavras certas.

— Eu estou com medo, Maris — confessou, a voz mal acima de um sussurro. — Medo de que tudo isso seja culpa minha... de que ele esteja me vigiando.

     A mulher inclinou-se para frente, os olhos fixos nos de Visenya.

— Ele? — perguntou suavemente.

     A mais nova assentiu e não precisou dizer o nome para que Maris entendesse imediatamente.

— O príncipe Aemond.

     O nome saiu como um suspiro pesado, e Visenya fechou os olhos por um instante, como se ouvir aquilo em voz alta tornasse tudo mais real.

— Eu pensei em fugir, Maris — continuou, a voz carregada de culpa. — Lys seria uma chance de escapar disso tudo... mas eu não consigo. Não sem sentir que estou te abandonando. Você fez tanto por mim, me criou quando ninguém mais me quis, me deu uma vida quando eu não tinha nada. Fugir seria como te trair.

     Os olhos da mulher se suavizaram, e ela estendeu a mão, segurando a de Visenya com firmeza.

— Minha querida, eu não criei você para ser prisioneira de ninguém — disse, sua voz cheia de emoção. — Não do príncipe Aemond. Não de mim.

     Visenya ergueu o olhar, confusa.

— Mas você sempre me disse que eu precisava sobreviver... que fugir era para os fracos.

     Maris sorriu, um sorriso triste que parecia carregar anos de dor e arrependimentos.

— Fugir pode ser fraqueza, mas também pode ser força. — Ela fez uma pausa, apertando os dedos de Visenya levemente. — Quando eu era jovem, eu também tive que fazer escolhas difíceis: deixar coisas para trás, mesmo quando meu coração gritava para ficar. Às vezes, sobreviver significa ir embora antes que seja tarde demais.

     A mais nova sentiu as lágrimas encherem seus olhos, mas não as deixou cair.

— Eu não sei o que fazer.

— E você não precisa saber agora. — Maris inclinou-se para tocar o rosto dela com ternura. — Você é mais forte do que pensa, minha menina. Não importa o que escolha, sei que você sobreviverá. Mas não deixe que a culpa ou o medo decidam por você.

     Por um momento, o silêncio preencheu o espaço entre elas. Visenya fechou os olhos, absorvendo cada palavra como se fosse um bálsamo para suas feridas internas.

— Obrigada, Maris — murmurou, com a voz falhando.

— Não me agradeça, menina. Apenas prometa que você vai lutar por si mesma, como sempre fez.

     Visenya assentiu, sentindo um peso sair de seus ombros, mesmo que o dilema ainda permanecesse. Enquanto Maris se recostava na poltrona, pegando a taça de vinho novamente, a jovem ficou em silêncio, contemplando o caminho à frente.

     Se fosse fugir, precisaria ser rápida. Mas, pela primeira vez, sentiu que, seja qual fosse a sua decisão, teria a força para enfrentar as consequências.

                                          ☼ ☽ ༄

                                        Alicent.

     A Hightower caminhava com passos firmes e determinados pelos corredores da Fortaleza Vermelha, a barra de suas vestes verdes esvoaçando atrás dela. O som de seus saltos ecoava, assustando os criados que se apressavam para sair de seu caminho. Seu rosto estava contorcido em uma expressão de raiva contida, mas seus olhos ardiam como brasas.

     A notícia a atingira como um tapa. Lady Samantha Tarly, a dama mais adequada e desejável para um casamento estratégico, havia sido recusada de forma categórica por Aemond. O impacto dessa rejeição seria desastroso para seus planos. E agora, para piorar, soubera que seu filho havia passado o dia voando com Vhagar, como se não houvesse nada mais importante em seu horizonte do que o céu.

     Ela alcançou os aposentos de Aemond, onde os guardas hesitaram antes de abrir as portas para ela. Alicent entrou sem cerimônia, encontrando-o ainda retirando as luvas de couro que usava para voar. Ele estava diante de uma mesa, mas a tranquilidade em sua postura apenas inflamou ainda mais a ira dela.

Você perdeu completamente a cabeça? — a rainha disparou, com a voz fria e cortante como uma lâmina.

     Aemond levantou o olhar devagar, com os gestos controlados, enquanto tirava a segunda luva.

— Mãe. — Sua saudação foi seca, quase desinteressada.

— Não se atreva a me tratar com essa indiferença, Aemond! — Alicent avançou alguns passos, com o dedo em riste. — Como você pode rejeitar Lady Samantha? Ela é a escolha perfeita para você, e a aliança que esse casamento nos garantiria é vital para manter nossa posição!

— Lady Samantha não me interessa. — Seu filho respondeu, com calma calculada, colocando as luvas sobre a mesa.

— Não é uma questão de interesse! — ela rebateu, com a voz se elevando. — É o seu dever! Você é um príncipe, e suas responsabilidades vão além de suas preferências pessoais.

     Aemond ergueu o rosto, seu olho violeta fixando-se nos dela com intensidade.

— Meu dever? — repetiu, o tom carregado de sarcasmo. — Aparentemente, meu dever inclui ser tratado como uma peça em seu tabuleiro.

     A rainha estreitou os olhos, com a fúria dentro dela crescendo.

— Você está perdendo a cabeça por causa de uma pequena puta com aparência Targaryen! — Alicent disparou, com sua voz afiada como uma lâmina. — Acha que eu não sei das suas visitas ao bordel? Da obsessão que está alimentando por ela? Você está jogando fora tudo pelo que lutamos por causa de uma... de uma vagabunda que não vale nada!

— Cuidado com as palavras, mãe. — Seu filho rosnou, com sua voz gélida como o aço de uma espada prestes a ser desembainhada. Ele deu um passo à frente, a fúria clara em cada movimento.

— E o que você vai fazer? — ela retrucou, erguendo o queixo, mas não conseguiu esconder o leve tremor em sua voz. — Ameaçar-me? Sua própria mãe?

— Não é uma ameaça. — Aemond inclinou a cabeça levemente, a calma em seu tom era mais aterrorizante do que qualquer explosão de raiva. — É um aviso.

— Aviso de quê? Que você está disposto a destruir nossa família por causa de uma prostituta qualquer? — A rainha apertou os punhos, a raiva queimando em suas palavras. — Uma mulher que sequer é digna de limpar os degraus desta Fortaleza? Você perdeu a cabeça, Aemond. Está se deixando levar como um tolo!

— Você não entende nada — ele rebateu, com a voz baixa e mortal e o olhar ardendo de fúria.

— Entendo mais do que você pensa! — Alicent cuspiu. — Essa mulher está se aproveitando de sua fraqueza! Ela sabe exatamente o que está fazendo, prendendo você com sua aparência e jogando fora a sua dignidade!

— Você não sabe nada sobre ela! — seu filho gritou, sua voz ecoando pelos aposentos como um trovão.

— Eu sei o suficiente! — ela retrucou, avançando para encará-lo. — Sei que ela é uma vadia que vive abrindo as pernas para qualquer homem com moedas. E agora está enredando você com sua falsa inocência, como a puta manipuladora que é!

     Aemond deu mais um passo à frente, com o olhar tão sombrio que parecia querer queimá-la viva.

— Você está ultrapassando os limites.

— Não existem limites quando se trata de proteger a nossa família. — A Hightower rebateu, com a voz tão fria quanto seu olhar. — E, se você acha que vou permitir que essa mulher destrua tudo pelo que lutei, você está muito enganado.

— Você não tem poder sobre mim, mãe. — Seu filho disparou, cada palavra carregada de veneno. — Sou um homem e não preciso da sua permissão ou aprovação.

     O silêncio que se seguiu era pesado e sufocante. Alicent sentiu a frustração e o desespero crescerem dentro dela enquanto encarava seu segundo filho, percebendo o quanto ele estava fora de seu alcance.

— Você está cometendo um erro que nunca poderá corrigir — ela disse, finalmente, com a voz mais baixa, mas ainda carregada de desprezo.

— Talvez — Aemond respondeu, com um sorriso sarcástico que fez o sangue dela ferver. — Mas será meu erro, não o seu.

     A rainha o observou enquanto ele se afastava, com sua postura imponente, mas o olhar traiçoeiro. Ela permaneceu imóvel, com o coração martelando contra as costelas e o ódio queimando como um fogo que ameaçava consumi-la.

     Ele não me ouve mais, mas não importa. Ainda há outras maneiras de lidar com isso.

     Enquanto caminhava de volta pelos corredores, Alicent apertou os punhos com força. Se Aemond estava tão cego pela luxúria e pela obsessão, então seria ela a eliminar o problema.

     Aquela prostituta. Aquela criatura imunda. Ela ousava manchar o sangue Targaryen, atrevia-se a seduzir seu filho, um príncipe, arrastando-o para o lado da vergonha. A Hightower sabia que o desejo de Aemond por essa mulher não era apenas um capricho – era uma obsessão doentia que ameaçava destruir tudo o que ela havia lutado para preservar.

     O som de sua respiração pesada preenchia o vazio dos corredores. Ela parou diante de uma tapeçaria pendurada na parede, representando dragões imponentes. Alicent olhou para a obra de arte, mas não viu majestade. Viu o símbolo de uma dinastia que, há muito tempo, se tornara frágil e decadente. E agora, uma prostituta ousava tentar cravar suas garras nessa linhagem sagrada.

     Ela sentiu o gosto amargo da bile subir pela garganta. Alicent Hightower, a mulher que sacrificara sua juventude, sua felicidade, sua liberdade, não permitiria que tudo fosse destruído por uma mulher sem nome. A raiva transformou-se em algo mais frio, mais calculado – uma determinação cruel.

     Essa mulher precisava ser erradicada. Não bastava afastá-la ou silenciá-la; não, aquilo seria insuficiente. Ela queria esmagá-la completamente, obliterá-la de forma tão absoluta que nem mesmo a memória dela pudesse sobreviver.

Não há lugar neste mundo para mulheres como ela — murmurou para si mesma, sua voz quase doce, como se estivesse sussurrando uma oração. Mas não havia compaixão em suas palavras, apenas um veneno mortal.

     Visenya não era apenas um obstáculo; era uma ameaça, um veneno que precisava ser expurgado. Alicent não deixaria dúvidas de que a prostituta fora um erro. Primeiro, ela cortaria o vínculo entre Aemond e aquela mulher, arrancando-a dele de forma tão brutal que ele jamais ousaria desafiar sua mãe novamente. Depois, garantiria que Visenya desaparecesse para sempre, como poeira varrida por um vendaval.

     Quando retomou seus passos, seus olhos brilhavam com uma frieza cortante. Já não era uma mãe que caminhava pelos corredores, mas uma rainha transformada em carrasco, pronta para executar sua sentença.

     A raiz desse mal precisava ser arrancada. E Alicent Hightower arrancaria, mesmo que tivesse que sujar suas mãos com o sangue dela.

                                          ☼ ☽ ༄

                            Aemond.

     A discussão com sua mãe ainda reverberava em sua mente como um trovão distante enquanto ele caminhava pelas ruas estreitas que levavam ao bordel onde Visenya trabalhava. A raiva queimava dentro dele, misturada a um desejo incontrolável que fazia seu sangue ferver. Ele tentava afastar os ecos das palavras afiadas de sua mãe, mas elas se recusavam a desaparecer completamente. O que realmente o consumia agora era ela: Visenya. A obsessão que se enraizara em sua alma, escura e ardente, o chamava como o rugido de um dragão. Ele precisava vê-la. Sentir sua presença. Possuí-la novamente.

     Ao cruzar a entrada, o som abafado de risos e conversas dissolveu-se em ruídos insignificantes. O aroma característico de vinho, cera de vela e perfume barato parecia distante enquanto seus olhos escaneavam o ambiente à procura dela. E então, ele a viu.

     Visenya estava servindo uma mesa, sua figura destacando-se como uma joia entre pedras comuns. O vestido que ela usava parecia quase inocente em comparação ao ambiente ao seu redor. O tecido suave, de um tom claro, abraçava delicadamente suas curvas, e os bordados na cintura e no decote desenhavam linhas que pareciam feitas para chamar a atenção. A fenda na lateral era modesta, mas suficiente para revelar flashes tentadores da pele de suas pernas enquanto ela se movia com uma graça natural.

     Seu cabelo estava trançado de forma elaborada, cada mecha cuidadosamente unida em uma trança única, adornada com delicados fios de prata entrelaçados. A luz das velas refletia nesses adornos, iluminando sua feição de maneira quase sobrenatural. Era como se ela não pertencesse àquele lugar, e isso o enfurecia tanto quanto o atraía.

     Enquanto a observava, uma tempestade de sentimentos o assolava. Havia algo nela que parecia desafiar tudo. Cada movimento, cada olhar que ela lançava para os homens ao redor – altivo, quase desdenhoso – alimentava o fogo dentro dele. Ela não deveria olhar para ninguém assim. Não deveria sorrir para nenhum outro homem, mesmo que fosse um sorriso falso. Aquilo era dele. Ela era dele.

     Quando Visenya finalmente o viu, algo mudou em sua postura. Seu olhar encontrou o dele, e o impacto daquele olhar o atingiu como uma lâmina afiada. Ela hesitou por um instante antes de caminhar em sua direção, sua expressão carregando uma determinação que ele achava tanto intrigante quanto irritante. Ela estava resistindo. Sempre resistindo.

— Precisamos conversar.

     A voz dela era firme, mas havia um traço sutil de tensão, quase imperceptível, que ele captou imediatamente. Ele não respondeu; apenas a seguiu, com os passos ecoando no chão de madeira enquanto ela o guiava até uma área mais isolada do bordel.

     Quando chegaram, o som das conversas ao longe parecia um sussurro insignificante. Ele observou enquanto ela se virava para encará-lo, com a luz fraca das velas dançando em seus olhos.

— Falaram para mim que viram um membro da Guarda Real aqui — começou ela, com a voz baixa, mas carregada de acusação. Algo mais profundo pulsava em suas palavras: medo, talvez, ou um ódio contido. — Ele estava perguntando informações sobre mim para Mysaria... foi você quem o mandou?

     Aemond manteve-se em silêncio, deixando o peso da acusação dela pairar no ar como uma lâmina prestes a cair. Ele não havia mandado guarda algum, mas isso pouco importava. O simples fato de que ela acreditava nisso inflamava sua raiva. Alicent. A suspeita recaiu imediatamente sobre sua mãe. Sempre meticulosa e manipuladora, acreditando que o controle era dela por direito.

     O olhar dele cravou-se no dela, frio e implacável. A raiva borbulhava sob a superfície, mas ele a transformou em algo mais controlado, mais perigoso.

— Eu não mandei nenhum guarda atrás de você. — Sua voz era baixa, quase um rosnado, cada palavra marcada por uma ameaça silenciosa. Ele deu um passo à frente, invadindo o espaço dela com uma presença esmagadora. — Mas eu vou descobrir quem fez isso.

     Os olhos de Visenya não vacilaram, mas ele viu a respiração dela acelerar. Aquela resistência o fascinava, ao mesmo tempo que atiçava algo mais sombrio dentro dele.

— Ninguém toca no que é meu.

     As palavras dele pairaram entre os dois, carregadas de possessividade. Ele a viu engolir em seco, mas ela não recuou. Não havia medo aparente em sua postura, apenas um desafio que o irritava e o atraía em igual medida.

Claro que não foi você — disse ela, com um tom afiado, carregado de sarcasmo. — Você espera que eu acredite nisso? Acha que eu não conheço o seu tipo?

     Aemond estreitou o olhar de forma predatória. Ele inclinou ligeiramente a cabeça, observando-a como um caçador que avalia sua presa antes de dar o golpe final.

— E que tipo seria esse? — provocou, com a voz baixa e perigosa, como se estivesse se divertindo com a acusação.

     Visenya deu um passo para trás, mas o movimento foi imperceptível demais para ser uma fuga. Ainda assim, ele o percebeu, e aquilo apenas reforçou a sensação de controle que queria estabelecer.

— O tipo que manipula tudo ao seu redor, que mente e diz o que convém para conseguir o que quer. Você acha que pode me enganar, príncipe Aemond? Eu sei que foi você quem mandou o guarda. Ninguém mais se importaria em me vigiar.

     Ele avançou mais um passo, e ela se viu encurralada contra a parede. A tensão era quase sufocante.

— Já disse que não fui eu — sibilou, a proximidade entre eles transformando sua voz em algo mais intimidador. — Mas, se você insiste em achar que tem controle sobre o que sabe, talvez eu deva mostrar o quanto está errada.

     Visenya ergueu o olhar, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e desespero. Ela não cederia, e isso era um desafio direto à autoridade que ele acreditava ser inquestionável.

— Você não entende, não é? — ela perguntou, com a voz baixa, mas firme. — Não importa o que você diga, príncipe Aemond. Você não pode controlar tudo.

     Aquilo não o fez hesitar. Pelo contrário, apenas o instigou ainda mais. Ele deu um passo à frente, reduzindo a distância entre os dois a quase nada. Suas mãos encontraram a cintura dela, e os dedos apertaram a carne macia com força, como se quisesse gravar sua presença ali.

     Antes que Visenya pudesse reagir, ele a empurrou contra a parede. O impacto não foi brutal, mas firme o suficiente para arrancar dela um suspiro tenso, carregado de algo que ela tentava mascarar. Sua respiração ofegante alcançou os ouvidos dele, um som que o fez cerrar os dentes com um misto de desejo e possessividade.

— Não subestime minha capacidade de controle, ñuha gevie. — A voz dele era um sussurro grave, cada palavra impregnada de ameaça e luxúria.

     Ela tentou recuar, mas ele não deu espaço. Seus dedos cravaram-se mais fundo na cintura dela, como garras que se recusavam a soltá-la. Aemond inclinou-se, com seu rosto tão próximo que os fios de cabelo dela roçaram em sua pele. Ele deslizou os lábios pelo contorno do rosto dela até alcançar o pescoço, onde pressionou um beijo lento, possessivo, com uma intensidade quase animalesca.

     Visenya reagiu, movendo o corpo para tentar escapar, mas o príncipe usou o movimento contra ela. Ele pressionou os quadris contra os dela, e ela congelou ao sentir a dureza de sua ereção firme contra sua coxa. Um tremor percorreu o corpo dela, e o som abafado que escapou de seus lábios – um arfar involuntário – foi como música para ele.

— Você sente isso, não sente? — murmurou ele, com a voz rouca e carregada de provocação, enquanto sua boca percorria a curva do pescoço dela, subindo até o lóbulo da orelha. — Cada parte sua já me pertence, mesmo que você tente resistir.

     Ela apertou as mãos contra o peito dele, tentando criar distância, mas Aemond foi implacável. Ele segurou seus pulsos com uma facilidade assustadora, prendendo-os contra a parede acima da cabeça dela. A força dele era controlada, calculada, mas inegável. Ele a manteve ali, fixa, enquanto seu olhar intenso queimava o dela como chamas gélidas.

— Brincar comigo tem consequências. — As palavras saíram como um rosnado baixo, carregadas de uma promessa sombria. — E você vai aprender isso... do jeito mais difícil.

     O corpo de Visenya tremia sob o controle dele, os olhos dela cheios de resistência e medo, mas havia algo mais: uma vulnerabilidade que ela tentava esconder, uma chama de desafio que ainda não havia sido extinta. Isso apenas o excitava mais; o desejo de dobrá-la completamente à sua vontade crescia dentro dele como uma tempestade.

     Aemond aproximou os lábios dos dela, mas não os tocou. Em vez disso, ele inclinou-se novamente, sua boca descendo pelo pescoço exposto até a clavícula. Sua língua traçou a linha delicada dos dela, enquanto ele pressionava seus quadris contra ela com mais intensidade. O calor que emanava dela o fazia perder qualquer resquício de controle, e ele se deliciava com a maneira como o corpo dela reagia ao toque dele, mesmo contra a vontade.

— Você não pode fugir de mim, Visenya — ele sussurrou, com a voz baixa, quase carinhosa, mas carregada de possessividade. — Porque, no fundo, você sabe que já é minha.

     O tremor no corpo dela se intensificou, e ele sorriu contra a pele dela, um sorriso predador, satisfeito com o efeito que causava. O calor entre eles era sufocante, uma mistura de resistência, desafio e uma atração inevitável que ele sabia que moldaria à sua vontade.

     E, naquele momento, Aemond prometeu a si mesmo que destruiria cada barreira que ela tentasse erguer. Ela seria dele, completamente, sem nenhuma sombra de dúvida ou resistência.

                                               {...}

     O ambiente abafado e o cheiro forte de incenso do bordel o envolviam enquanto ele se dirigia pelos corredores estreitos e mal iluminados. A raiva fervia dentro dele, mas sua expressão permanecia calma e controlada, como sempre. Ele havia acabado de deixar Visenya, e uma necessidade insaciável de respostas o dominava. Mysaria era a única chave para isso.

     Ele a encontrou encostada em uma pilastra próxima ao salão principal. Um cálice de vinho repousava em sua mão, e ela o erguia ocasionalmente aos lábios com uma tranquilidade quase irritante. Sua postura era relaxada, e o vestido de tecido fino deixava pouco para a imaginação, enquanto a luz oscilante das velas iluminava seus olhos astutos e o sorriso quase predatório que brincava em seus lábios.

     Aemond parou ao vê-la, estudando-a por um momento. Ela parecia saber que ele estava ali antes mesmo de ele falar, e isso o enfurecia ainda mais. Mysaria era uma mulher de artimanhas e segredos, e nada nela era casual.

— Quem era o guarda? — o príncipe perguntou diretamente ao se aproximar dela, até que o aroma do vinho e do perfume barato dela chegasse a ele, com a voz fria e sem emoção.

     Mysaria levantou os olhos e sorriu para ele de maneira divertida, como se já soubesse que ele viria atrás dela. Ela não se movia, apenas o observava com um olhar de quem já antecipava o confronto. Seu sorriso se manteve, mas seus olhos brilharam com o poder que ela sabia que detinha.

— Ora, ora, príncipe Aemond, que surpresa agradável vê-lo aqui — ela disse, com seu tom levemente sarcástico. — Veio aqui por causa de Visenya, não foi? Já estava imaginando quanto tempo levaria até que você decidisse me procurar.

     Ele não se abalou; sua raiva começava a transbordar. Ele avançou um passo, fechando a distância entre os dois.

— Não me faça perder mais tempo, Mysaria. Eu perguntei quem era o guarda que estava atrás de informações sobre Visenya e quero saber quem o mandou. Não estou aqui para joguinhos — ele disse, agora mais impaciente, as palavras saindo com um tom ameaçador.

     Mysaria o observou por mais alguns momentos, como se estivesse se divertindo com a tensão crescente. Depois, ela inclinou a cabeça levemente para o lado, como se estivesse ponderando a melhor forma de responder.

— Ah, sim. O guarda. — Ela fez uma pausa deliberada, os olhos brilhando com algo que Aemond não conseguiu identificar. — O guarda era Sor Criston Cole, claro. E ele foi enviado a mando de sua querida mãe, a rainha Alicent.

     O príncipe empalideceu por um momento, a raiva crescendo ainda mais em seu peito. Ele sabia que sua mãe sempre fora astuta, mas aquilo já era demais.

— Minha mãe... — ele disse entre dentes, com a voz carregada de desgosto. — Eu sabia.

     Mysaria, no entanto, não parecia se preocupar com a raiva dele. Ela simplesmente continuou observando-o com uma expressão que misturava interesse e diversão.

— Não me surpreende que você esteja tão irritado. Sempre foi assim com sua mãe, não é? — ela falou de forma suave, como se fosse uma observação trivial.

     O Targaryen fez um movimento brusco, como se estivesse prestes a se virar e sair, consumido pela raiva. Mas, antes que ele pudesse dar um passo, Mysaria o deteve com mais uma de suas palavras calculadas.

— Você sabia, príncipe Aemond, que, assim como seu tio Daemon, você também parece ter uma certa... fascinação por sua sobrinha? — a mulher disse, com um sorriso mordaz, desafiando-o a reagir.

     Ele parou no lugar, com o corpo tenso e os músculos do rosto contraídos. Virou-se lentamente, encarando Mysaria com um olhar gélido.

— O que quer dizer com isso? — ele perguntou, a raiva agora misturada com uma pontada de curiosidade. Ele sabia que aquilo não era uma simples provocação; ela sabia de algo mais.

     Mysaria se aproximou dele lentamente, com a provocação evidente em seus olhos.

— Dezesseis anos atrás, nesta mesma rua, seu tio Daemon teve um caso com a princesa Rhaenyra. Nove meses depois, Visenya foi abandonada aqui. Uma coincidência e tanto, não? — ela disse com uma voz suave, mas carregada de algo mais sombrio.

     Aemond sentiu o coração acelerar e sua mente começar a girar. O choque foi imediato, como se o chão tivesse se movido sob seus pés. Ele tentou processar a informação, mas tudo parecia ter ficado turvo, uma névoa de confusão se formando em sua mente. Visenya... era filha de Daemon e Rhaenyra?

     Ele se aproximou de Mysaria com a intensidade de um homem consumido pela dúvida e pela raiva. Suas palavras foram cortantes, saindo como se estivesse prestes a explodir.

— O que você está dizendo, Mysaria? — Sua voz não era mais controlada, mas havia uma inquietação evidente nela.

     A mulher simplesmente sorriu, com seu olhar ganhando uma profundidade sombria.

— Não estou dizendo nada, príncipe Aemond. Estou apenas lhe dando as peças. O que você faz com elas, bem, isso é com você. Mas, se eu fosse você, começaria a pensar na história de sua família. Ela pode ser mais complicada do que você imagina.

     Ele ficou em silêncio, sua mente agora completamente perdida em pensamentos sombrios. Ele se virou para sair, com o corpo tenso por tudo o que acabara de ouvir, mas a dúvida pairava no ar, como um peso que ele não conseguia deixar para trás.

     Ao se afastar, Mysaria o observou com um sorriso torto nos lábios, ciente de que havia plantado uma semente de inquietação nele.

                                              {...}

     O Targaryen caminhava pelas ruas escuras de Porto Real, as velas das vielas lançando sombras tremeluzentes ao redor de sua figura. A revelação de Mysaria ainda ecoava em sua mente, a verdade que ele não conseguia afastar: filha de Daemon e Rhaenyra... As palavras reverberavam em sua mente, com um peso que ele não queria admitir, mas não podia ignorar.

     Ele sempre soubera que Visenya não era uma mulher qualquer, que havia algo nela que a diferenciava das outras. O sangue Targaryen corria em suas veias de maneira inegável – a semelhança com ele era clara e inconfundível. A pele pálida, os olhos como ametistas, os cabelos prateados; tudo nela gritava Targaryen. Mas o fato de ela ser filha de Daemon e Rhaenyra, isso ele jamais imaginara, nem em seus piores pesadelos.

     A mente de Aemond fervilhava, uma mistura de raiva e incredulidade. Como seu tio e sua irmã poderiam ter abandonado uma criança tão preciosa? Como puderam largá-la naquele lugar, naquele bordel imundo? Ele não conseguia compreender. Visenya, filha de dois nomes da história de sua casa, havia sido deixada para viver nas sombras, longe da corte, longe do reconhecimento que era seu por direito. Ela era uma princesa, e eles a trataram como se não fosse nada.

     A raiva dele cresceu como uma chama, queimando suas entranhas. Como isso era possível? Como Daemon e Rhaenyra, tão imersos em sua própria traição e imoralidade, poderiam abandonar uma filha tão preciosa? O que se passava na mente deles? Por que a deixaram crescer nas ruínas de um bordel, em vez de protegê-la, em vez de lhe dar o que ela merecia?

     Sua respiração se tornou mais pesada, o calor da frustração tomando conta dele enquanto acelerava o passo. Ele sempre soubera que havia algo em Visenya que o ligava a ele, algo que o atraía de maneira avassaladora. Mas agora, essa ligação estava impregnada de uma necessidade ainda mais profunda. Ela não era só uma Targaryen; ela era uma princesa, sua sobrinha, e Aemond não podia permitir que ela fosse tratada como algo inferior, como algo sujo.

     Eu vou fazer isso. Vou fazer com que a reconheçam pelo que ela é.

     A ideia de Visenya sendo uma princesa, finalmente sendo reconhecida como tal, alimentava sua raiva com uma nova determinação. Aemond a queria para si – ele queria controlá-la, moldá-la e, acima de tudo, queria que ela soubesse quem realmente era. Não aquela mulher perdida no bordel, não uma criança abandonada, mas uma princesa Targaryen, com o direito de ser respeitada, com o direito de ser mais do que aquilo que seus pais permitiram que ela fosse.

     O pensamento de Daemon e Rhaenyra, sobre sua negligência, só o deixava mais furioso. Como ousaram deixá-la ali? Como ousaram fazer isso com alguém da nossa linhagem? Ele sabia que isso não ficaria assim. Visenya seria reconhecida, seria sua, e ele não descansaria até que ela tomasse o lugar que lhe era devido.

     Com o olhar fixo no horizonte, Aemond deixou que sua mente se perdesse nos planos que começava a traçar. Ele sabia o que queria e que não havia nada que pudesse impedi-lo. Visenya seria tratada como uma princesa, e nada nem ninguém, nem mesmo sua própria família, iria deter isso. Ele faria com que todos reconhecessem quem ela era. E, no processo, ele a faria ser dele – completamente.

                                          ☼ ☽ ༄

Notas: A BOMBA FOI REVELADA PRO AEMOND e sabem o que isso quer dizer? QUE OS PROBLEMAS ESTÃO APENAS COMEÇANDO!!!!!!!

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