intense - Supercorp.

By LuthordanversTT

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Lena não aguentava mais estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe. Tudo na repórter a atraía-seus olhos az... More

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By LuthordanversTT

Minha segunda fic gente🤭🤭 resolvi escrever mais uma, prometo tentar não demorar pra trazer capítulos, comentem oque acharem dos primeiros capítulos, isso me ensentiva a continuar, lembrando que está fic não é fiel a série, Kara não tem poderes, nesta fic não há nada de poderes ou alienígenas. Só é o nosso bom, velho e traiçoeiro mundo real. Tenham uma boa leitura♥️🤌🏻

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A sala de estar da casa das Danvers estava um caos organizado. Caixas de pizza vazias e latas de refrigerante espalhadas pela mesa de centro dividiam espaço com tabuleiros de jogos de cartas. Kara estava sentada de pernas cruzadas no sofá, enquanto Alex estava jogada em uma poltrona ao lado, rindo de algo que Kara havia dito segundos antes.

- É sério, Kara, precisamos sair um pouco. Uma balada, uma festa... Sei lá, qualquer coisa que não envolva pijamas e pizza pela quinta semana consecutiva - Alex provocou, levantando uma sobrancelha.

Kara ajeitou os óculos, fingindo indignação.

- Ei! A "Noite das Irmãs Danvers" é sagrada. Além disso, você sabe que eu não sou exatamente uma rainha das pistas de dança.

Alex bufou, jogando um pedaço de pipoca na direção da irmã.

- Ah, mas seria divertido! Vamos, imagina só... Kara Danvers soltando o cabelo e se divertindo de verdade.

Kara deu uma risada, mas antes que pudesse responder, a TV no canto da sala chamou a atenção de ambas.

**"Notícia: 'A juíza está por trás das mortes na marina? Quem é ela?'"**

As imagens mostravam o cenário de um crime recente, uma área portuária isolada e sombria. O repórter detalhava uma sequência de assassinatos brutais que haviam ocorrido ali nas últimas semanas, supostamente ligados a uma figura chamada "A Juíza".

- Como assim ainda não pegaram essa organização? - Alex perguntou, franzindo o cenho e cruzando os braços.

- Boa pergunta. E quem deu esse nome horrível? - Kara respondeu, balançando a cabeça. - Chamar de "A Juíza" só incentiva. Eles querem criar um mito em torno dela.

- Concordo. Parece que é mais fácil pra mídia alimentar a curiosidade pública do que ajudar a resolver o problema - Alex disse, desligando a TV com um gesto irritado. - Mas, sabe, temos coisas mais leves pra falar, tipo... Quem é o misterioso novo dono da CatCo?

Kara suspirou e recostou-se no sofá, cruzando os braços.

- Não faço ideia, Alex. Cat vendeu a empresa e sumiu sem dizer nada. Só deixou aquele discurso clássico de "confio no futuro da CatCo". Mas, honestamente, estou preocupada.

- Por quê? - Alex perguntou, inclinando-se para frente.

- Porque, e se o novo dono quiser mudar tudo? - Kara começou, soltando as palavras em um desabafo. - E se não gostarem de mim como repórter? Ou pior... E se resolverem transformar a CatCo em algo completamente diferente do que Cat construiu?

Alex olhou para a irmã com um sorriso tranquilizador.

- Kara, você é a melhor repórter que eles têm. Mesmo que não saibam disso ainda, vão perceber. Além disso, talvez o novo dono seja legal.

Kara deu de ombros, não convencida.

- Espero que você esteja certa.

Alex jogou um dos travesseiros do sofá nela, sorrindo.

- Relaxa. Se eles derem algum problema, você tem a mim. Posso fazer uma visita "persuasiva" ao novo dono.

Kara riu, jogando o travesseiro de volta.

- Não sei se isso me deixa mais tranquila ou mais preocupada.

As duas riram juntas, esquecendo por um momento os problemas. Pelo menos por aquela noite, eram apenas as irmãs Danvers, compartilhando risadas e pizza enquanto o mundo lá fora continuava girando com seus mistérios.

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Lena Luthor

O som abafado de tiros ecoava pelo estande particular de Lena Luthor. O ambiente era impecavelmente organizado, cada arma cuidadosamente exibida em suas prateleiras. Lena segurava uma pistola com precisão, seus olhos verdes brilhando sob a luz artificial enquanto ela ajustava a mira. A concentração em seu rosto era inabalável, uma expressão que misturava determinação e controle absoluto.

Ela disparou mais um tiro, acertando o centro do alvo, quando a porta automática deslizou silenciosamente, revelando Sam Arias.

- Resolvido. - Sam disse, cruzando os braços e encostando-se à parede.

Lena abaixou a arma lentamente, virando-se para a amiga com uma sobrancelha arqueada.

- Defina "resolvido".

Sam sorriu de canto, aquele sorriso malicioso que apenas Lena entendia completamente.

- Os corpos foram eliminados, os rastros apagados. E eu garanti que os desgraçados... sofressem.

Lena soltou um leve suspiro, tirando os óculos de proteção e deixando-os sobre a bancada.

- Bom trabalho. - Sua voz era fria e objetiva, mas havia um brilho de satisfação em seus olhos.

Sam inclinou a cabeça, observando a amiga enquanto Lena descarregava a pistola com a elegância de alguém que fazia aquilo há anos.

- Você sabe que esse apelido ridículo de "A Juíza" está ganhando força, não sabe? - Sam comentou, provocativa.

Lena deu uma risada baixa, ajeitando o cabelo preto perfeitamente alinhado.

- Deixe que falem. Se isso mantém os criminosos assustados, que seja. O mundo precisa de alguém que ponha ordem onde as leis falham.

Sam balançou a cabeça com um sorriso, admirada com a firmeza de Lena, mesmo depois de tantos anos trabalhando juntas.

- E quanto à CatCo? - Sam perguntou, mudando de assunto. - Você não acha que está na hora de aparecer por lá?

Lena pegou um copo de água de uma bandeja ao lado, tomando um gole antes de responder.

- CatCo... - ela repetiu, pensativa. - É uma jogada estratégica, Sam. Informação é poder. E ter um império midiático como parte dos meus ativos... bem, isso é inestimável.

- Você fala como se tivesse comprado a CatCo apenas por isso. - Sam sorriu. - Mas a verdade é que você sempre teve um fraquinho por jornalismo.

Lena revirou os olhos, mas o canto de seus lábios curvou-se em um sorriso leve.

- Talvez. Cat Grant era brilhante, e a CatCo ainda tem potencial para ser a maior referência em jornalismo ético. Quero manter isso.

Sam riu suavemente, cruzando os braços.

- E os funcionários? Vai deixar o mistério sobre quem é a nova dona por muito tempo?

Lena deu um passo à frente, parando em frente à amiga.

- O mistério tem sua utilidade. Quero que eles me vejam como uma figura inesperada, alguém que eles subestimem até ser tarde demais.

- Como se alguém pudesse subestimar você - Sam respondeu, rindo.

Lena deu uma risada curta, mas algo em sua postura suavizou. Apesar de sua fachada fria e controladora, Sam sabia que havia um lado mais caloroso em Lena, um lado que só surgia quando ela estava com pessoas que amava.

- Talvez eu vá lá amanhã. É hora de começar a marcar território.

- E o que acha que vai encontrar por lá? - Sam perguntou.

- Não sei - Lena respondeu, olhando para o estande de tiro vazio. - Mas uma coisa é certa. Vou fazer da CatCo uma arma tão poderosa quanto qualquer uma dessas.

Sam sorriu, impressionada como sempre.

- E se algum repórter resolver se meter demais na sua vida?

Lena deu de ombros, com uma expressão enigmática.

- Isso vai depender deles.

As duas riram suavemente, o peso dos assuntos sérios dissipando-se por um momento. Sam sabia que, por trás da persona de CEO impecável e da figura misteriosa da Juíza, Lena Luthor era uma mulher complexa, com camadas que poucos poderiam sequer começar a compreender.

E enquanto Lena voltava ao estande, ajustando a próxima arma para praticar, uma coisa era clara: ela estava pronta para assumir o controle de sua nova aquisição - e do que mais viesse pelo caminho.

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KARA

O som estridente do alarme invadiu o quarto de Kara, despertando-a com um susto. Ela abriu os olhos, piscando contra a luz fraca que entrava pela janela, e estendeu a mão para desligar o barulho irritante. Ao olhar para o relógio na mesa de cabeceira, o pânico tomou conta.

- Merda, merda! - Kara gritou, jogando as cobertas para o lado.

- Alex! - ela chamou, saindo do quarto como um furacão. - Alex, eu preciso de uma carona! Meu carro ainda está na oficina e... eu vou me atrasar!

Do outro lado do apartamento, Alex apareceu na porta do quarto, vestindo uma camiseta amassada e com o cabelo completamente bagunçado.

- O quê? Que horas são? - perguntou Alex, esfregando os olhos e tentando entender o que estava acontecendo.

- Sete e quarenta e cinco! - Kara respondeu, já escovando os dentes apressadamente. - Preciso estar na CatCo em quinze minutos!

Alex riu, encostando-se ao batente da porta enquanto observava a correria da irmã.

- Cara, isso é tão típico de você. Aposto que o novo dono da CatCo vai aparecer exatamente hoje, só pra te ver chegando atrasada.

- Não brinca com isso, Alex! - Kara respondeu, a boca cheia de espuma.

- Relaxa. Ninguém vai te demitir por chegar uns minutos atrasada... eu acho. - Alex provocou, pegando uma maçã da fruteira.

Enquanto Kara terminava de se arrumar, Alex começou a rir ao vê-la tentar equilibrar a bolsa, um copo de café e o celular ao mesmo tempo.

- Você está um desastre, sabia? - disse Alex, jogando a maçã para Kara.

- E você é uma péssima motivadora! - respondeu Kara, pegando a maçã no ar.

As duas sentaram-se rapidamente à mesa para um café da manhã improvisado, rindo enquanto Alex continuava a implicar.

- Sério, Kara, pensa comigo. E se o novo dono for um maníaco do tipo "todo mundo precisa chegar às 8h em ponto"? Ou melhor... E se ele resolver passar pelos cubículos só pra checar quem tá no horário?

Kara bufou, tomando um gole de café.

- Você só está piorando a minha ansiedade, Alex.

- Ei, é pra isso que eu sirvo - respondeu Alex, com um sorriso travesso.

Depois de mais alguns minutos de implicância e risadas, as duas finalmente saíram do apartamento.

- Sabe, Alex, apesar de toda essa correria, eu sou grata por você estar aqui. Eu realmente não conseguiria lidar com tudo isso sem você. - Kara disse, olhando para a irmã enquanto elas entravam no carro.

Alex deu um sorriso caloroso, ligando o motor.

- Sempre vou estar aqui pra você, Kara. Agora vamos. Não quero que sua nova chefe ou chefe te veja correndo pelos corredores como uma louca.

Kara suspirou, ajustando o cinto de segurança.

- Obrigada. E por favor, não fala "louca" tão alto.

As duas riram enquanto Alex dirigia em direção à CatCo.

Alex dirigia em ritmo acelerado, tentando compensar o atraso de Kara, quando de repente, o tráfego parou completamente. Carros estavam parados em todas as direções, com motoristas buzinando e tentando entender o que estava acontecendo.

- Mas que droga é essa? - Alex murmurou, batendo os dedos no volante, já irritada.

Antes que ela pudesse comentar qualquer coisa com Kara, a porta do lado do passageiro se abriu, e Kara saltou para fora do carro.

- O que você pensa que está fazendo? - Alex gritou, abaixando o vidro da janela.

- Vou ver o que está acontecendo. Não deve ser nada demais. - Kara respondeu, já caminhando entre os carros.

- Kara! Isso pode ser perigoso! Volta aqui! - Alex ralhou, mas sua irmã apenas acenou com a mão, indicando que ficaria tudo bem.

Alex suspirou, frustrada, mas sabia que não havia como convencer Kara quando ela decidia alguma coisa.

---

Caminhando pelos carros estacionados, Kara avançava com cuidado. Não demorou muito para ela perceber o motivo do trânsito. Dois carros estavam parados no meio da rua, com sinais de uma colisão recente. Ela viu os motoristas envolvidos começarem a sair de seus veículos.

De um dos carros, saiu uma mulher com expressão preocupada, segurando uma criança de não mais que cinco anos pela mão. Do outro, um homem corpulento e visivelmente irritado saiu batendo a porta com força.

Kara parou à distância, observando a interação. A mulher começou a pedir desculpas, tentando explicar que não tinha sido intencional, mas o homem não parecia disposto a ouvir.

- Você tem ideia do prejuízo que causou? Olha o meu carro! Você acha que "desculpa" vai consertar isso? - ele gritava, avançando em direção à mulher, que recuava instintivamente.

Kara não conseguiu ficar parada.

- Ei! - ela chamou, andando na direção do grupo. - Acho que todos podemos nos acalmar, certo? Foi só um acidente.

O homem virou-se para ela, os olhos estreitando com raiva.

- Quem é você? Isso não é da sua conta!

- Talvez não seja, mas gritar com ela não vai resolver nada. Ainda mais com uma criança aqui. - Kara respondeu, mantendo a voz firme, mas calma.

Isso só pareceu irritá-lo ainda mais. Ele agarrou um pedaço quebrado do retrovisor de seu carro e, com um gesto impulsivo, arremessou o objeto para longe.

O pequeno pedaço de metal girou no ar, indo direto na direção da criança. Kara agiu por reflexo, avançando rapidamente e colocando a mão à frente para proteger o menino. O retrovisor bateu em sua palma, deixando um arranhão que imediatamente começou a arder.

A mulher recuou ainda mais, abraçando a criança enquanto olhava para Kara com gratidão.

- Você está bem? - Kara perguntou para a criança, ignorando a dor em sua mão.

Antes que a situação pudesse escalar ainda mais, dois homens altos e robustos apareceram, vindo de um carro próximo. Ambos pareciam seguranças, com posturas firmes e olhares intimidadores.

- Chega. - disse um deles, colocando a mão no ombro do homem agressivo e forçando-o a recuar.

- Está na hora de você se acalmar, amigo. - completou o outro, bloqueando qualquer tentativa de reação.

O homem bufou, mas não resistiu. Com os seguranças agora no controle da situação, Kara aproveitou a oportunidade para desaparecer.

Ela voltou rapidamente para o carro de Alex, tentando ignorar o ardor na palma da mão enquanto se jogava no banco do passageiro.

- O que aconteceu? - Alex perguntou, claramente preocupada.

- Só um acidente de trânsito - Kara respondeu, ajustando os óculos e olhando pela janela. - Nada que não tenha sido resolvido.

Alex olhou para ela desconfiada, mas sabia que não adiantava pressionar.

- Tudo bem, super-heroína. Mas da próxima vez, tenta não se meter em confusão antes das 9 da manhã, ok?

Kara riu, aliviada por Alex não insistir mais no assunto. Enquanto o trânsito começava a fluir novamente, as duas seguiram rumo à CatCo.

________________________________________________________________

Kara saltou do carro de Alex assim que pararam em frente ao prédio da CatCo, lançando um beijo no ar para a irmã.

- Obrigada pela carona! Te devo essa! - ela gritou antes de fechar a porta e correr em direção à entrada.

- Você sempre me deve! - Alex gritou de volta, mas Kara já estava longe.

Ao entrar no prédio, ela se apressou até o elevador, pressionando repetidamente o botão de subir como se isso o fizesse chegar mais rápido. Enquanto esperava, sentiu um leve ardor na mão. Olhando para a palma, viu um pequeno corte que ainda sangrava um pouco.

- Ótimo, Kara. Porque um corte na mão é exatamente o que eu precisava hoje. - Ela suspirou, revirando a bolsa até encontrar um paninho, que pressionou contra o machucado.

O elevador finalmente chegou, e Kara entrou apressadamente, ajustando os óculos. Quando as portas se abriram no andar da redação, algo imediatamente chamou sua atenção.

Todo o ambiente parecia diferente. Havia uma tensão palpável no ar. Todos os funcionários estavam de pé, muitos com expressões nervosas, como se estivessem esperando por algo.

Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, ela sentiu alguém puxar seu braço.

- Kara! - Winn sussurrou, aparecendo ao lado dela.

- Winn, o que está acontecendo? - ela perguntou, confusa.

- O novo dono! Está a caminho! - ele respondeu com uma empolgação nervosa.

Kara piscou, ainda tentando processar as palavras.

- E por que todo mundo está... assim? - Ela gesticulou para a multidão ao redor.

- Porque todo mundo está apavorado, obviamente! - Winn respondeu, inclinando-se para mais perto dela. - E você deveria agradecer aos céus por ter conseguido chegar antes dele.

Kara revirou os olhos.

- Não exagere, Winn. Além disso, não estou atrasada. Tecnicamente.

Winn cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha com um sorriso provocador.

- Ah, então por que chegou correndo, com esse paninho suspeito na mão e cara de quem lutou contra o tempo? Quer que eu diga?

Kara bufou, ajustando os óculos.

- Eu não estava atrasada! Só... tive um contratempo.

Winn riu baixinho, mas antes que pudesse continuar implicando, alguém ao fundo avisou que o novo dono estava prestes a chegar.

A redação inteira ficou em silêncio, todos os olhares voltados para o elevador principal. Kara cruzou os braços, tentando ignorar a ansiedade crescente.

- Vamos lá, Danvers - Winn sussurrou ao lado dela. - Hora da verdade.

Kara respirou fundo, ajustando o paninho na mão, enquanto todos aguardavam a chegada do misterioso novo dono da CatCo.

O som do elevador principal se abriu com um ding, reverberando por toda a redação como um sinal para que todos parassem o que estavam fazendo. O silêncio tomou conta do espaço. O nervosismo estava estampado nos rostos dos funcionários, enquanto todos os olhos se fixavam nas portas que lentamente revelariam o novo dono da CatCo.

Kara ajustou os óculos e manteve o olhar fixo no elevador, o coração batendo mais rápido. Ela não sabia o que esperar, mas, como repórter, era impossível não sentir um misto de curiosidade e ansiedade.

As portas se abriram completamente, e, para surpresa geral, o que surgiu não foi o esperado sapato social masculino de um homem de negócios, mas sim um par de elegantes saltos pretos que pareciam valer mais do que alguns salários juntos.

O silêncio ficou ainda mais profundo enquanto a mulher que os calçava saía do elevador. Ela usava um conjunto social preto impecável que exalava elegância e poder. Sua pele era pálida como a neve, os cabelos pretos brilhantes caíam perfeitamente sobre os ombros, e seus olhos verdes, penetrantes e brilhantes como esmeraldas, pareciam escanear o ambiente com uma autoridade natural.

Kara ficou imóvel. Por um instante, parecia que o mundo ao seu redor tinha parado. Não era só a presença da mulher que chamava atenção, mas a maneira como ela dominava o ambiente sem sequer precisar dizer uma palavra.

- Meu Deus... - murmurou Winn ao lado dela, cutucando-a levemente no braço. - Kara, será que o céu se abriu e deixou essa anja cair direto aqui?

Kara deu uma leve cotovelada nele, tentando disfarçar o sorriso que ameaçava aparecer.

- Cala a boca, Winn. - Ela murmurou, mas não tirava os olhos da mulher.

A mulher, por sua vez, caminhou pela redação como se já fosse dona do lugar - o que, de fato, era. Cada passo parecia ecoar no silêncio absoluto. Quando finalmente parou no centro do espaço, ela sorriu levemente, um gesto calculado que suavizava, mas não anulava, o peso de sua presença.

- Bom dia. - Sua voz era firme, mas sedosa, cortando o silêncio como uma faca. - Sou Lena Luthor, a nova dona da CatCo.

Um burburinho se espalhou pela redação, mas foi rapidamente abafado quando ela ergueu uma mão delicada, mas autoritária.

- Tenho grandes planos para esta empresa, e espero que todos aqui estejam à altura. - Ela continuou, o olhar passando por cada rosto como se os estivesse avaliando.

Quando seus olhos verdes finalmente se encontraram com os de Kara, por um breve segundo, Kara sentiu seu coração acelerar. Havia algo naquele olhar que parecia atravessar suas barreiras, como se Lena pudesse enxergar além da superfície.

O momento foi interrompido por Winn, que deu um cutucão mais forte em Kara, claramente em estado de excitação.

- Kara, ela é uma Luthor! - ele sussurrou, praticamente vibrando. - Lena Luthor! Você sabe o que isso significa? A mulher não é só dona da L-Corp, a maior empresa de tecnologia do mundo, mas também é uma das cientistas mais renomadas da atualidade!

- Sim, Winn, eu sei quem ela é... - Kara respondeu baixinho, tentando manter a compostura enquanto ajustava os óculos.

- Ricos? - Winn continuou. - Chamá-los de ricos é uma ofensa! Essa família basicamente nada em dinheiro. E agora ela é nossa chefe. Como isso é possível?

Lena, no entanto, parecia alheia à reação generalizada de espanto, ou talvez apenas estivesse acostumada a ela. Seu sorriso se alargou um pouco antes de finalizar sua introdução.

- Quero que saibam que estou ansiosa para trabalhar com todos vocês e levar a CatCo para um futuro ainda mais brilhante. Agora, voltem ao trabalho. - Ela terminou com um tom definitivo, dando um passo à frente para falar com a equipe de gerência.

Enquanto a redação lentamente voltava ao normal, o burburinho retornava em tons mais baixos.

- Kara... - Winn começou, com um olhar sonhador. - Acho que me apaixonei.

- Você só está fascinado porque ela é rica e poderosa. - Kara revirou os olhos, mas não pôde evitar um pequeno sorriso.

- E linda! Não esqueça disso! - Winn completou.

Ele estava no meio de mais um de seus comentários exagerados quando, de repente, ele congelou, os olhos arregalados como se tivesse visto um fantasma.

- Eu... eu preciso ver uns arquivos. Já volto, Kara. - Ele gaguejou, saindo apressado antes que Kara pudesse questionar.

- Winn, do que você está falando? Que arquivos? - Kara perguntou, mas ele já tinha sumido entre as mesas.

Confusa, ela deu de ombros e se virou, apenas para dar de cara com Lena Luthor parada a poucos passos de distância.

O susto foi instantâneo, e Kara sentiu o ar abandonar seus pulmões.

- Oh! - Ela exclamou, recuando levemente enquanto ajustava os óculos.

Lena ergueu uma das sobrancelhas perfeitamente desenhadas, um pequeno sorriso brincando em seus lábios.

- Perdão, não quis assustá-la. - Sua voz era suave, mas carregava um peso autoritário que fazia Kara sentir um arrepio na espinha.

Por um breve momento, Kara ficou em silêncio, tentando processar a presença magnética da mulher. Lena não era apenas linda; ela exalava um poder quase hipnotizante que deixava difícil desviar o olhar.

Mas então, algo no olhar de Lena mudou. Seus olhos verdes brilhavam como se ela estivesse tentando decifrar algo sobre Kara. Não havia hostilidade em sua expressão, mas havia uma intensidade que a fazia sentir como se estivesse sendo analisada.

- Eu... eu estava distraída, desculpe. - Kara finalmente conseguiu dizer, tentando esconder seu nervosismo.

O olhar de Lena permaneceu fixo por um segundo a mais antes de ela abrir um sorriso quase imperceptível.

- senhorita Danvers. - Ela disse o nome com uma clareza que fez Kara engolir em seco. - Quero você em minha sala o mais rápido possível.

Sem dar mais explicações, Lena virou-se elegantemente e começou a caminhar em direção à sua nova sala, deixando Kara plantada no lugar, com a mente trabalhando a mil.

**"Ela sabe meu nome? Mas como? Olhando para baixo Kara percebeu, Ah, ela leu no meu crachá!meu Deus, Será que eu fiz algo errado? Será que ela já decidiu que vai me demitir?"**

Pensamentos caóticos tomaram conta da cabeça de Kara enquanto ela assistia Lena se afastar. A maneira como ela andava, com os saltos ecoando pelo chão, era de uma confiança que parecia inalcançável para meros mortais.

Kara respirou fundo, tentando se acalmar, mas sua mente continuava criando cenários de desastre.

- Certo, Kara. Talvez ela só queira... sei lá, perguntar sobre o café da cidade. Ou... me demitir de vez. Ótimo, isso é ótimo. - Ela murmurou para si mesma enquanto ajeitava os óculos novamente e começava a caminhar hesitante em direção à sala de Lena.

O coração de Kara parecia uma bateria de escola de samba enquanto ela se aproximava da porta de vidro que agora ostentava o nome **Lena Luthor** em letras douradas brilhantes.

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