Penélope
Acordo sentindo o peso de cada gota e cada tragada da noite anterior. Dói abrir os olhos, dói levantar a cabeça, dói existir - e eu sequer me movi mais do que um centímetro.
Sinto Colin se mexendo ao meu lado, e ele murmura algo inaudível, a voz rouca de sono. Viro lentamente a cabeça para ele, e mesmo com minha mente embaralhada, não consigo evitar o sorriso hesitante ao vê-lo. Ele ainda está de olhos fechados, mas um sorrisinho brinca nos lábios, como se adivinhasse meus pensamentos.
- Parece que alguém está sentindo o peso da noite de ontem... - ele diz, sem abrir os olhos, com um tom de diversão.
Reviro os olhos e solto um suspiro exagerado, mais para mim do que para ele.
- Ah, meu caro Bridgerton, sinto informar que é você quem cuidará de mim hoje...
Colin solta uma risada baixa, o peito subindo e descendo enquanto tenta conter o riso. Ele finalmente abre os olhos, aqueles olhos que me deixam boba toda vez que os encontro.
- É mesmo? - Ele murmura, inclinando-se para mais perto. - E o que exatamente minha dama espera desse humilde servo?
Sorrio de lado, fingindo exaustão absoluta, e dou uma piscadela dramática.
- Espero café fresco, torradas na cama e... uma massagem nos ombros. Nada muito exagerado, entende?
Ele bufa, mas o sorriso nos lábios entrega que está se divertindo.
- Café e torradas? Eu adoraria, mas, infelizmente, estamos na casa da Eloise. Se quiser, posso descer e encarar os comentários dela...
- Melhor não - murmuro, fazendo uma careta. - Não sei se tenho forças para lidar com Eloise agora.
- Então vamos começar com o que posso fazer aqui mesmo - ele diz, estendendo um braço para me puxar suavemente para mais perto e ajudando-me a me sentar. - Vamos, vou te dar a massagem mais eficiente do mundo.
Sorrio enquanto ele se posiciona atrás de mim e coloca as mãos firmes, mas gentis, sobre meus ombros. O toque é confortável, e a dor na cabeça parece diminuir à medida que ele pressiona os pontos certos, transformando o momento em um carinho despretensioso.
- Melhor? - ele pergunta, a voz mais suave agora, enquanto continua o movimento.
- Muito melhor... - murmuro, fechando os olhos e relaxando sob o toque dele.
- Só não misture vinho com maconha, combinado? - Colin provoca, apertando levemente meus ombros.
- Sem promessas - respondo, sorrindo de canto.
Ele ri baixo e se inclina, beijando a curva do meu pescoço com um gesto breve e carinhoso.
- Eu cuido de você, Pen. Sempre. Mesmo que você seja sua própria pior inimiga...
- Eu sei, amor. - Aperto sua mão gentilmente. - E é por isso que você é minha pessoa favorita no mundo.
°
- Bom dia, casal sadomasoquista... - Fran anuncia assim que entramos na cozinha.
- Por favor, Francesca... - Eloise resmunga com os dedos massageando as têmporas. - Fale baixo.
- Qual foi? - Fran se aproxima dela com um sorriso provocador. - Você também não estava tentando fabricar sobrinhos pra gente ontem?
- Não agora, Fran... - Eloise responde, gemendo e tomando um longo gole de café.
- Bom dia pra vocês também - Colin diz, erguendo as sobrancelhas e tentando segurar o riso. - Vejo que tivemos uma noite movimentada, hein?
Fran dá de ombros, mal escondendo o sorriso.
- E vocês dois? - Ela nos lança um olhar suspeito enquanto sentamos. - Foram discretos ou a Penelope desmaiou antes?
- Eu não transo com minha mulher em qualquer lugar - Colin responde, servindo café para nós dois, sem se abalar.
- Minha casa não é qualquer lugar, Colin... - Eloise resmunga com ironia, apoiando a cabeça na mão enquanto Phillip massageia seus ombros.
- Penelope dormiu - ele continua, tomando um gole do café. - Cuidei dela depois que vocês a encheram de vinho e ainda a convenceram a fumar maconha.
- Gente... eu tô bem aqui - protesto, pegando minha xícara.
- Só lembrando que você precisa passar na casa da sua mãe antes de partirmos - Colin fala, ignorando minha tentativa de mudar de assunto.
- Odeio vocês por terem ido ver a mamãe primeiro ontem e agora saírem tão cedo... - Eloise lamenta, com um tom choroso. - Por que não voltam a morar em Mayfair? Eu imploro...
- El... - sinto meus olhos marejarem. - Não faz isso comigo. Vou chorar.
- Eu te amo, amiga... - Eloise dá a volta na mesa e me abraça, apertando forte.
- Ou elas estão de TPM ou a maconha ainda tá fazendo efeito... - Phillip comenta, e todos na mesa soltam risadas leves.
O aperto do abraço de Eloise faz o peso da despedida parecer ainda maior. Seguro o choro, mas a saudade já começa a crescer.
- Eu também te amo, senhorita Bridgerton - murmuro, tentando disfarçar as lágrimas que escorrem.
Eloise ri, enxugando minhas lágrimas com o polegar.
- Não se esqueça de mim em Londres com aquelas suas amiguinhas da faculdade. Somos suas maconheiras favoritas, Penelope e sempre que quiser fugir do caos, sabe onde nos encontrar.
Francesca se inclina na mesa, segurando minha mão.
- Você sabe que somos um grupo - Fran diz, firme. - Não importa o quanto o mundo lá fora mude, esse lugar e essas pessoas vão ser sempre sua base.
- Saudades de quando éramos só nós três aqui... - Eloise suspira. - As tardes na árvore, as conversas intermináveis no refeitório... Sinto falta disso.
- Somos adultas agora, El... - comento, bebendo o café para tentar disfarçar minha voz embargada. - Estamos conquistando os sonhos que tínhamos naquela época.
- Um dia, quem sabe... - Francesca sorri para todas nós. - Talvez a vida nos traga de volta, porque no fundo sabemos que Mayfair é o nosso lar.
Colin coloca o braço em volta dos meus ombros, apertando levemente.
- Me sinto um intruso. - Phillip comenta tomando um gole de café.
- Não se sinta, nunca ninguém conseguiu ou sequer tentou se meter no meio disso que elas têm. - Colin diz com um sorriso que ilumina o momento.
°
- Mamãe, eu estou bem... - repito pela décima vez enquanto ela segura meu rosto com firmeza, os olhos buscando qualquer sinal de que algo esteja errado. - Foram só uns dias cansativos, mas eu prometo que estou me cuidando.
- E eu também estou cuidando dela, Portia... - Colin diz com aquele tom calmo que sempre parece derreter as preocupações das pessoas, enquanto sua mão firme segura minha cintura.
Minha mãe solta um suspiro longo, mas um sorriso suave começa a se formar em seus lábios.
- Ah, vocês dois... - diz ela, com as mãos na cintura. - Fico tão feliz que estejam juntos novamente.
Sinto meu rosto esquentar, mas Colin, claro, não deixa passar. Ele sorri, inclinando-se para beijar meus cabelos.
- Nem a maldade do tempo me afasta dela... - ele diz, e sua voz tem aquele tom confiante que parece fazer o tempo parar por um segundo.
Minha mãe suspira novamente, desta vez com uma expressão que mistura orgulho e emoção.
- Vocês dois... - murmura ela, mais para si mesma. - São a prova de que o destino pode até dar umas voltas, mas sabe exatamente onde quer chegar.
Eu solto uma risada curta, nervosa, tentando quebrar o clima antes que Colin diga algo ainda mais piegas. Mas quando olho para ele, vejo seus olhos fixos nos meus, tranquilos e seguros, como se concordasse com cada palavra dela.
- Obrigada, mãe... - digo suavemente, sentindo aquele calor familiar no peito.
Ela toca o ombro de Colin com carinho.
- Obrigada por cuidar da minha Penelope, Colin.
Ele sorri de volta, daquele jeito encantador que eu conheço tão bem.
- Nossa Penelope, sogrinha... nossa pequena Penelope. - ele brinca, e eu já sinto meu rosto queimar de vergonha.
- Colin! - resmungo, rindo envergonhada. - Você não se cansa de me deixar sem graça?
Ele sorri ainda mais, inclinando-se para sussurrar:
- Não consigo evitar... sou apaixonado por você.
Minha mãe ri, balançando a cabeça enquanto nos observa com olhos brilhantes.
- Vocês realmente foram feitos um para o outro - ela diz, com aquele tom de certeza que só as mães têm.
Colin me puxa para mais perto, e mesmo que eu role os olhos para disfarçar, é impossível não sentir o conforto dos braços dele ao meu redor.
- Queria ficar mais tempo, mamãe... - digo, soltando-me de Colin e me aproximando para um abraço apertado. - Mas precisamos passar na casa do tio Edmund antes de pegar a estrada.
Ela afaga meus cabelos, e sinto o carinho em cada movimento.
- Tentem vir mais vezes, querida... Fazemos tanta falta de você. E a Felicity vai ficar arrasada por não estar aqui para te ver.
Minha garganta aperta, mas consigo responder com a voz firme:
- Eu também sinto saudade, mãe. Avisei Felicity que deixei um abraço. Amo você.
Ela me aperta mais forte antes de se afastar um pouco, seus olhos brilhando de emoção.
- Eu te amo também, Penelope. Se cuida, tá?
Colin, sempre oportuno, coloca a mão no meu ombro e olha para ela com aquele sorriso que é quase impossível resistir.
- Pode deixar, Portia. Vou cuidar muito bem dela.
Minha mãe assente, olhando para ele com uma confiança tranquila.
- Eu sei que vai, querido... Eu sei.
Depois de mais um abraço e um último sorriso, seguimos para o carro. Quando olho para trás, vejo minha mãe parada na entrada, com as mãos cruzadas no peito e um sorriso cheio de amor. Seguro a mão de Colin com força, sentindo o calor da sua presença enquanto gravo aquela imagem na memória.
°
A tarde estava tranquila, e o som das xícaras de chá encontrando os pires ecoava suavemente na sala de estar. O aroma de bolo recém-assado preenchia o ar, e o sol que atravessava as cortinas deixava tudo ainda mais acolhedor. Tio Edmund e tia Violet estavam sentados conosco, trocando conversas leves, enquanto Colin segurava minha mão sobre a mesa com um toque discreto.
- Então, Penelope - tia Violet começou, com um sorriso sereno. - Como estão os estudos? Imagino que esteja sendo uma jornada intensa.
- Sim, está - respondi, grata pela suavidade em sua abordagem. - Mas eu gosto muito. Apesar da correria, sinto que estou no caminho certo.
- Sempre soube que você era determinada - ela comentou, com orgulho no olhar. - E é tão bom ver vocês dois aqui juntos.
Colin sorriu, inclinando-se um pouco para frente. - Acho que ela não tinha muita escolha, tia Violet. Eu fui bastante insistente.
- Oh, Colin - Violet riu baixinho. - Você sempre teve essa teimosia charmosa. Mas não vou negar que estou feliz por ver como vocês dois se completam.
Tio Edmund concordou com um aceno, servindo-se de mais chá. - É verdade. Vocês têm uma parceria admirável.
- Obrigada, tio Edmund - respondi, sentindo-me aquecida pelas palavras dele.
Violet deu um pequeno sorriso e inclinou a cabeça, observando-nos com um olhar maternal.
- E os meus netos ruivos? - Ela pergunta antes de tomar mais um gole de chá.
Engasguei com meu chá, e Colin rapidamente me entregou um guardanapo, rindo.
- Mãe, pelo amor de Deus, deixe a Penelope respirar!
Tia Violet riu suavemente, levantando uma das mãos em sinal de rendição.
Tio Edmund pigarreou, tentando aliviar o momento.
- Acho que podemos concordar que tudo tem seu tempo, não é? Além disso, Violet, você já tem muitos netos para mimar.
- Tudo bem, tudo bem... - ela disse com um brilho de diversão nos olhos. - E, para ser sincera, o que mais importa é ver vocês felizes.
- E estamos - disse, recuperando a compostura e lançando um olhar de gratidão a Colin. - E prometo que, quando tivermos novidades, vocês serão os primeiros a saber.
A conversa mudou para assuntos mais leves, com risadas e histórias da capital, sendo compartilhadas.
°
Após o chá, a casa ficou silenciosa, exceto pelo som ocasional de risadas vindas da cozinha. Eu subi as escadas em busca de Colin. Ele havia desaparecido após a conversa, e algo na expressão dele me fez perceber que ele precisava de um momento sozinho.
O corredor estava banhado pela luz suave do final da tarde, e parei em frente à porta entreaberta do antigo quarto dele. Encostei a mão no batente, hesitando por um instante antes de empurrar a porta com cuidado.
Ele estava sentado na beira da cama, segurando uma foto antiga da família, os olhos fixos no rosto dos irmãos mais novos. A luz dourada caía sobre ele, destacando os contornos do rosto que eu conhecia tão bem.
- Oi... - chamei suavemente, encostando-me à porta.
Ele ergueu os olhos, e um sorriso tranquilo surgiu em seus lábios.
- Oi amor. - respondeu, colocando a foto de lado e estendendo a mão para mim.
Fechei a porta atrás de mim e fui até ele, deixando que seus braços me envolvessem assim que me sentei ao seu lado. O cheiro familiar dele, o calor, tudo parecia tão certo ali.
- O que está fazendo aqui sozinho? - perguntei, apoiando minha cabeça em seu ombro.
- Pensando - disse ele, suspirando levemente. - Em tudo. No passado, no futuro... e em como, pela primeira vez, tudo parece... certo.
Levantei a cabeça para encará-lo, curiosa. Ele passou os dedos pelos meus cabelos, um gesto que sempre me deixava tranquila.
- Sabe - continuou ele, sorrindo de lado -, foi aqui que te dei o nosso primeiro beijo.
Senti meu rosto esquentar instantaneamente.
- Eu lembro...
- Você estava tão linda, tão nervosa... e eu também. Foi perfeito.
Ri junto com ele, a memória clara na minha mente como se tivesse acontecido ontem.
- Nossa primeira vez... - Ele me empurrou levemente com o ombro, um sorriso travesso surgindo em seu rosto.
Acompanhei a risada dele, sentindo meu coração se aquecer com o jeito descontraído que só Colin conseguia trazer para momentos como aquele.
- E agora, depois de tudo - continuou ele, sua voz mais suave -, parece que finalmente estamos no caminho certo, Pen.
A sinceridade em seu tom me fez encará-lo, e o sorriso travesso deu lugar a uma expressão de carinho profundo.
- Mesmo que ainda haja alguma distância, sabemos que nada é mais certo do que nós dois juntos - ele concluiu, entrelaçando nossos dedos como se selasse aquela promessa silenciosa.
Deixei-me apoiar contra ele, sentindo o conforto de suas palavras e de sua presença.
- Sempre juntos, Colin - respondi baixinho. - Eu te amo.
- Eu te amo, muito mais! - ele sussurrou, beijando meus cabelos com carinho.
Ficamos em silêncio por um momento, aproveitando a tranquilidade que nos envolvia, até que Colin suspirou, olhando para a porta.
- Acho que chegou nossa hora de ir, né?
- Acha que dona Violet vai nos deixar sair antes do almoço? - perguntei, sorrindo.
Ele ergueu uma sobrancelha, uma expressão travessa iluminando seu rosto.
- Se eu falar que preciso fazer os netos dela assim que chegar em casa, ela vai deixar sim.
- Colin! - exclamei, rindo enquanto o empurrava levemente.
Ele gargalhou, claramente satisfeito com sua própria piada, e segurou minha mão novamente, puxando-me para mais perto.
- Brincadeira, brincadeira! Mas, honestamente, acho que ela não vai resistir se dissermos que precisamos descansar. E, sinceramente, eu só quero te levar para casa e aproveitar cada segundo ao seu lado.
Meu sorriso suavizou, e assenti, sentindo meu coração bater mais rápido.
- Vamos, então - respondi, apertando sua mão.
°
Três dias depois
Os dias que se passaram desde que retornamos a Londres foram cinzentos lá fora. Não havia clima para nada além de cumprir as obrigações e lidar com a espera. Colin parecia distante, tentando esconder o nervosismo que se acumulava a cada dia, enquanto a data de sua volta para Brighton se aproximava.
Ele fazia o possível para agir como se estivesse bem, mas eu o conheço profundamente. A forma como ele evita prolongar nossas conversas sobre a viagem, a maneira como força sorrisos ou tenta parecer ocupado demais para falar sobre o que sente, tudo grita o quanto ele está inquieto.
Toda manhã começa da mesma forma: ele se levanta em silêncio, com um olhar distante, me cumprimenta com um sorriso tímido e segue com as tarefas do dia. Mesmo quando está ao meu lado, sei que sua mente está longe, presa na ansiedade sobre o retorno para Brighton, com todas as responsabilidades que o aguardam.
Eu tento ser a âncora que ele precisa agora, mas, às vezes, me pergunto se estou fazendo o suficiente. Sei que não posso tirar o peso das decisões dele, mas posso estar aqui, segurando sua mão quando ele precisar, lembrando-o de que ele não está sozinho.
Hoje, sem aula, decidi sair mais cedo do trabalho para passar na confeitaria dos Danbury's e trazer algo especial para o café da tarde. Não seria uma solução mágica, mas queria criar um momento que o tirasse, nem que fosse por alguns minutos, da espiral de pensamentos que o consome.
Quando cheguei em casa, encontrei exatamente o que imaginei: Colin sentado em frente ao notebook, com uma expressão concentrada, mas que carregava a mesma exaustão que ele tentava esconder. Assim que me viu, ele fechou o notebook e esboçou um sorriso ao perceber a sacola em minhas mãos.
- Ei, ruivinha - ele disse, com uma tentativa genuína de parecer animado.
- Ei - respondi, me aproximando e dando-lhe um beijo na testa. - Passei na Danbury's e trouxe algo para nós. Que tal uma pausa para tomarmos café juntos?
Ele me observou por um instante, e, por um breve momento, vi o cansaço em seus olhos ceder a uma expressão mais suave. Assentindo, ele se levantou e me acompanhou até a cozinha. Enquanto arrumava a mesa com os pães frescos e a torta de maçã, percebi que ele me olhava, talvez um pouco mais aliviado por ter algo diferente para focar.
- Você não precisava fazer isso, Pen - ele murmurou, colocando café nas xícaras.
Toquei sua mão com suavidade, procurando seus olhos.
- Eu sei, Col. Mas deixa eu cuidar de você hoje, tá? Só quero te dar um momento de leveza... para nós dois.
Ele sorriu, um sorriso pequeno, mas genuíno, e apertou minha mão antes de me puxar para um abraço.
- Eu te amo, ruivinha... e sinto muito por estar tão... distante.
Afastei-me o suficiente para segurar seu rosto entre minhas mãos.
- Para, Col. Você não precisa se desculpar por nada. Estamos nisso juntos, lembra? Sempre estivemos. Você é a minha âncora, assim como eu sou a sua.
Ele fechou os olhos por um instante, absorvendo minhas palavras, e quando os abriu, havia algo novo ali - um pouco menos de tensão, um pouco mais de alívio.
Sentamos à mesa, dividindo os doces e o café, compartilhando pequenos sorrisos e conversas leves. Mesmo que fossem momentos simples, eles tinham um peso enorme para nós dois, como se estivéssemos segurando o tempo por alguns instantes.
Depois de um tempo, tomei coragem para abordar o que sabia estar rondando os pensamentos dele.
- Col... - comecei, hesitante. - Você sabe que precisamos falar sobre sua volta para Brigthon, né?
Ele parou por um momento, claramente surpreso com minhas palavras. Suspirou, olhando para nossas mãos entrelaçadas, antes de responder.
- A ideia de deixar você aqui... Pen, eu não sei como seria ficar longe de você de novo.
Apertei sua mão, tentando passar a segurança que ele precisava.
- Col, nós vamos achar uma forma de fazer isso funcionar. Quero que esteja onde precisa estar, sem se preocupar comigo, é por um tempo pequeno amor...
Ele me olhou com um misto de gratidão e alívio, e puxou-me para um abraço apertado.
- Eu não sei o que fiz para merecer você, ruivinha... - ele murmurou, com a voz embargada. - Obrigado por sempre entender.
Mesmo com o coração apertado, sabia que essa era a escolha certa para ele. Não queria que Colin carregasse arrependimentos, e, acima de tudo, queria que ele soubesse que estaria ao lado dele, independentemente da distância.
- Você é tão generoso, Col, e eu estarei aqui para tudo. Mesmo longe, vou ser sempre sua, como sempre fui.
- E eu sempre vou voltar para você, Pen. Não importa o que aconteça, isso nunca vai mudar.
Assenti, sorrindo suavemente enquanto sentíamos a força silenciosa desse momento.
- Pen, você lembra que eu disse que mostraria algo para você quando estivéssemos em casa? - Colin fala, endireitando a postura, os olhos fixos em mim.
- Acho que... sim.
- Agora... - ele diz, levantando-se devagar, sua voz carregada de expectativa. - Preciso, senhorita Featherington, que você tome o seu banho, relaxe... Vou esperar por você no quarto.
- Colin... - arqueio as sobrancelhas, tentando conter um sorriso. - Ainda é cedo da tarde...
- É uma ordem, Penelope... - Sua voz firme e rouca atravessa o ambiente, e sinto meu corpo arrepiar em cada espaço. - Faça uma trança no cabelo também...
- Tudo bem... - murmuro, tentando esconder o sorriso que ameaça escapar. - Já que você insiste.
Sinto o olhar dele me seguir enquanto caminho até o banheiro, o calor de sua atenção queimando em minhas costas. Tento manter a compostura, mesmo com meu coração disparado e a mente tomada por antecipação.
A água quente desliza sobre minha pele, trazendo uma calma momentânea, mas cada gota parece intensificar a expectativa do que me espera. Respiro fundo, tentando relaxar e, ao mesmo tempo, não me demorar demais. Passo meus cremes com cuidado, aliso o cabelo e prendo-o em uma trança delicada.
Encaro meu reflexo no espelho, ajustando a toalha ao redor do meu corpo enquanto busco coragem para sair. Respiro fundo uma última vez antes de abrir a porta.
Ele está ali, sentado à beira da cama, me esperando. Vestindo apenas uma calça jeans clara, seus braços e abdômen definidos expostos, a visão faz meu coração disparar e um calor subir pelo meu rosto.
- Colin... - murmuro, entrando no quarto com passos hesitantes, incapaz de desviar o olhar dele.
Seus olhos encontram os meus por um breve instante antes de deslizarem pelo meu corpo, avaliando cada detalhe, cada curva, como se estivesse memorizando.
- Pode tirar essa toalha... Não vai precisar dela. - Sua voz é rouca, carregada de autoridade, enquanto ele se levanta lentamente e caminha em minha direção. Ele para a poucos passos de mim, os olhos queimando os meus. - Vamos precisar fazer um acordo...
Engulo em seco, incapaz de quebrar o contato visual.
- Que tipo de acordo? - pergunto, minha voz mais baixa do que pretendia.
- Eu mando, e você obedece. Eu pergunto, e você responde. - Sua voz é firme, inabalável, enquanto ele inclina ligeiramente a cabeça, esperando por minha reação.
Sinto meu corpo inteiro reagir, cada célula em alerta, como se algo em mim já soubesse que não havia como resistir.
- O-ok... - respondo, quase hipnotizada pela autoridade que ele exala. - Entendi...
- Então por que ainda tem uma toalha cobrindo o seu corpo?
Minha respiração acelera, e meus dedos soltam a toalha lentamente. Ela desliza até o chão em um movimento silencioso, expondo minha pele ao ambiente. O olhar de Colin percorre meu corpo com uma intensidade quase tangível, seu sorriso de canto apenas realçando o magnetismo dele.
Ele avança mais um passo, reduzindo a distância entre nós, até que quase não haja espaço. Sua mão roça levemente minha pele, provocando arrepios.
- Boa garota... - ele murmura, sua voz baixa e rouca enquanto sua mão segura delicadamente meu rosto. Seus olhos prendem os meus com força, como se pudesse me despir ainda mais com o olhar. - Você tem certeza disso?
Fecho os olhos brevemente, sentindo seus lábios roçarem minha pele, a respiração quente dele tocando meu rosto. Um suspiro escapa de mim involuntariamente, meu corpo já clamando por ele.
- Falei com você, Penelope... - Sua mão segura meu rosto com firmeza, me forçando a encará-lo.
Sua outra mão desliza devagar pelo meu pescoço, parando exatamente no ponto onde ele pode sentir minha pulsação acelerada. Há algo quase primitivo no jeito como ele comanda o espaço, como se o ar ao nosso redor estivesse sob o controle dele.
- Quando eu pedir algo, Penelope, espero que faça sem questionar. - Sua voz baixa e controlada é carregada de uma autoridade que não aceita resistência. Seu sorriso cresce de leve enquanto observa minha respiração falhar.
Meu coração bate tão forte que parece ecoar no quarto. Não desvio o olhar, mesmo sentindo a força de suas palavras me puxar para mais perto dele.
- Entendeu? - Seus dedos apertam levemente meu queixo, obrigando-me a assentir.
- Sim, Colin... - sussurro, minha voz trêmula, mas cheia de entrega.
Ele sorri satisfeito, seus olhos brilhando com algo quase predatório. Então, com um movimento lento e deliberado, ele se inclina, roçando os lábios no meu ouvido antes de sussurrar com firmeza:
- Agora... quero que vá para a cama e se ajoelhe.
Apenas assinto e me viro em direção à cama, os passos lentos e carregados pela tensão que cresce em cada momento. A iluminação quente e suave do quarto cria uma atmosfera íntima, enquanto o ambiente se enche de antecipação. Ajoelho-me no centro da cama, virando para encontrar Colin, que agora segura dois pequenos objetos nas mãos.
- De onde você tirou isso? - pergunto em um sussurro quase inaudível, minha voz vacilando diante do olhar escuro e intenso que ele me lança.
- Vou colocá-los nos seus seios, e você não pode se mexer. Entendeu? - Sua voz é firme, mas carregada de uma autoridade que não deixa espaço para questionamentos.
Engulo em seco, meu coração batendo descontroladamente no peito enquanto o brilho decidido em seus olhos prende minha atenção por completo. É impossível desviar o olhar.
- Sim... Entendi. - Minha resposta é baixa, mas clara, deixando transparecer a mistura de nervosismo e entrega que percorre meu corpo.
Ele se aproxima, cada passo dele ecoando pelo quarto como uma promessa silenciosa. Quando finalmente para diante de mim, sua presença parece ocupar todo o espaço entre nós. Ele estende a mão, seus dedos tocando minha pele com uma delicadeza calculada, embora a firmeza no controle de seus movimentos deixe claro que ele sabe exatamente o que está fazendo.
Colin levanta meu queixo com o indicador, forçando-me a encará-lo. Seus olhos se fixam nos meus, intensos e penetrantes, como se ele pudesse enxergar cada pensamento e cada desejo.
- Mantenha os olhos em mim. - A firmeza em sua voz envia um arrepio pela minha espinha, e eu imediatamente faço o que ele pede.
Seus dedos encontram meu seio, e eu respiro fundo, tentando conter o tremor que percorre meu corpo. Ele prende o primeiro objeto no meu mamilo com cuidado, os olhos nunca deixando os meus, como se estivesse analisando cada pequena reação minha. Solto um suspiro trêmulo, os lábios entreabertos, enquanto a combinação do desconforto leve e da sensação de ser completamente dominada toma conta de mim.
Colin sorri de canto, satisfeito com minha resposta, e se inclina. Seus lábios envolvem meu outro mamilo, sugando-o com uma intensidade que me faz cerrar os olhos por um instante. Ele então repete o processo, prendendo o segundo objeto, o toque dele tão hipnotizante quanto o calor de sua respiração contra minha pele.
- Agora, os pulsos. - Sua voz corta o silêncio, carregada de autoridade.
Eu estendo os braços à sua frente, juntando os pulsos conforme ele pediu, os olhos ainda presos nos dele. Colin segura meus pulsos com firmeza, e seu toque é uma mistura perfeita de comando e controle. Há algo em sua postura, na força contida de seus movimentos, que faz cada segundo parecer mais intenso, mais carregado de expectativa.
Ele observa meus olhos com atenção, como se estivesse decifrando algo dentro de mim.
- Você é tão boa, Pen... - Colin murmura, aproximando o rosto do meu, sua respiração quente acariciando minha pele enquanto suas palavras soam como um elogio, uma recompensa.
A intensidade do momento cresce, preenchendo o ar ao nosso redor, e meu corpo se curva sob a tensão deliciosa que ele cria com cada gesto, cada palavra.
Colin segura meu corpo pelas laterais e me deita no meio da cama. Ele desce da cama e caminha envolta da mesma sem tirar os olhos de mim, era como se dessa forma ele pudesse me marcar como sua. Eu podia me sentir escorrer entre minhas pernas e eu já não conseguia manter meu corpo imóvel.
- Penelope... - Ele fala com as mãos no botão da própria calça a abrindo. - Eu vou foder você nessa cama e eu não quero que toque em mim enquanto eu estiver te chupando, entendeu?
A intensidade no olhar de Colin é quase esmagadora enquanto ele continua a caminhar ao redor da cama, os olhos nunca deixando os meus. Cada palavra dele ressoa no quarto, profunda e controlada, e meu corpo reage antes mesmo de eu poder responder, tomado pela antecipação e desejo.
- Entendi... - murmúrio, uma falha de voz, tentando manter a compostura, mas a motivado me dominando completamente.
Ele sorriu de lado, satisfeito com minha submissão, enquanto tira a calça, mantendo aquele olhar fixo que parece deixar cada parte do meu corpo em alerta. Colin se inclina, voltando-se para mim lentamente, a proximidade dele e o comando firme deixando claro que ele pretende saborear cada instante, estabelecendo o ritmo sem pressa, como se quisesse prolongar cada segundo.
- Boa garota - ele murmura, os olhos brilham com uma satisfação quase predatória, e eu permaneço exatamente como ele instruiu. - Coloque as mãos acima da cabeça...
Ele ordena e eu obedeço.
Ele sorri e com um toque quente e leve, ele separa minhas pernas, suas mãos descem das minhas coxas até os tornozelos onde ele segura firma e me puxa para baixo. Eu fico completamente rendida e entregue a ele, Colin tem o domínio, o controle e a visão completa da parte mais intima de mim.
Fecho os olhos quando sinto dois dedos deslizarem na parte interna da minha coxa e irem de encontro a minha intimidade, subindo ali e se certificando de algo que era óbvio, eu já estava pronta para ele. Gemo sentindo os dedos dele brincando ali.
- Abra os olhos, Penélope - ele murmura, a voz rouca e cheia de autoridade, e obedeço, encontrando o olhar dele fixo no meu enquanto seus dedos deslizam lentamente pela minha pele.
Ele observa cada movimento meu, um sorriso sutil aparecendo no canto dos lábios quando meus gemidos entregam meu desejo. Colin mantém o controle, cada movimento sua declaração silenciosa do poder que ele tem sobre mim naquele momento.
Sinto os prendedores apertarem mais em meus seios, como se eu pudesse ficar ainda mais inchada e excitada do que já estava. A missão de manter ao braços sobre a cabeça e preso a corda que Colin havia amarrado ali, parecia quase impossível.
- Colin... - Inclino meu corpo e aperto os olhos quando ele introduz dois dedos em mim. - Por favor Colin...
Colin sorri, um brilho provocador em seus olhos, enquanto aumenta o ritmo, seus dedos dançando em um movimento que faz meu corpo tremer de prazer. Ele parece deliciar-se com cada gemido que escapa dos meus lábios, como se estivesse gravando cada som em sua memória.
- Você gosta assim, não é? - sua voz é suave, quase sussurrada, mas a firmeza em suas palavras é inegável. Ele sabe exatamente o que está fazendo.
Meus quadris se movem involuntariamente contra suas mãos, buscando mais. Cada toque é como uma corrente elétrica, me fazendo sentir viva de uma forma que nunca pensei ser possível. O controle que ele tem sobre mim é avassalador, e a maneira como ele observa meu prazer só aumenta o fogo que queima dentro de mim.
- Colin... eu não consigo... - a pressão dentro de mim se intensifica, e eu me sinto à beira de algo.
- Calma, amor - ele diz, sua voz baixa e tranquilizadora. - Quero que você esteja entregue a isso.
E, com essas palavras, ele aumenta a intensidade, seus dedos movem-se mais rápido, mais profundo. Eu sinto que estou quase lá, a ponto de ser levada a um clímax que parece eterno.
- Colin, por favor... - imploro, a necessidade em minha voz evidente. - Eu preciso... - gemo. - da sua boca...
Sorrindo, ele lentamente começa a desfazer as cordas, e mesmo enquanto a liberdade volta a mim, eu sei que, de alguma forma, ele ainda terá o controle.
E eu mal posso esperar para ver o que mais ele tem reservado.
- Me pede então, Penelope... - Colin aumenta a força nos dedos, sua voz baixa e provocante ecoando em minha mente enquanto a onda de prazer se acumula dentro de mim, quase insuportável.
- Colin... - minha voz sai como uma súplica, cheia de desejo e urgência. - Eu preciso que você me chupe... por favor...
Um sorriso satisfeito se espalha pelo rosto dele, como se cada palavra que eu disse fosse um combustível que o alimenta. Ele diminuiu momentaneamente o ritmo, provocando-me, e eu arqueio o corpo em busca de mais.
- Você sabe que eu adoro quando você implora - ele diz, a confiança em suas palavras me faz sentir ainda mais exposta, mas não consigo importar. A necessidade de tê-lo é tudo que importa.
- Colin, eu... - minha voz falha, a pressão se intensifica a cada movimento que ele faz. - Não brinca comigo... por favor!
Com um movimento rápido, ele retira os dedos, e meu corpo protesta pela perda da sensação. Mas, em seguida, ele se abaixa, seus lábios quentes deslizando sobre minha pele, provocando um arrepio que percorre meu corpo.
- O que você deseja, amor? Fala pra mim... - ele sussurra, seus olhos fixos nos meus, prontos para obedecer a cada ordem que eu der.
- Sua boca, Colin... - imploro novamente, quase desesperada. - Eu quero sentir você me devorando.
Ele se posiciona entre minhas pernas, e um calor intenso se instala no ambiente. Com um olhar que diz tudo, ele se inclina, sua boca encontrando o lugar que anseio, e eu solto um gemido profundo, sentindo-me finalmente completa.
Cada toque de sua língua é uma nova explosão de prazer, e enquanto ele trabalha magicamente, uma sensação de liberdade se mistura ao controle que ele ainda tem sobre mim. Meu corpo se contorce, desejando mais, enquanto ele continua a me levar a um estado de êxtase que parece não ter fim.
- Isso mesmo, Penelope - ele murmura entre os movimentos, uma respiração pesada. - Rebola na minha boca...
Sinto cada célula do meu corpo se acender ao toque dele, como se eu estivesse mergulhando em um oceano de sensações que me puxam para o fundo, sem resistência.
Seu domínio é inegável e eu respeito o pedido dele, e a maneira como ele me toma faz com que eu perca qualquer noção de tempo ou espaço.
As mãos dele seguram minhas coxas com firmeza, mantendo-me no lugar enquanto sua língua trabalha em ritmos que me fazem estremecer. Cada novo movimento me faz querer mais, me faz desejar perder ainda mais o controle. A voz dele, baixa e rouca, carrega uma autoridade que me desarma completamente.
- Penelope, você é tão... perfeita - ele murmura, e só ouvir meu nome saindo de seus lábios dessa forma me faz perder o fôlego.
A cada toque, sinto como se estivesse caindo mais fundo, perdida na intensidade do momento, no controle que ele exerce sobre mim e na rendição voluntária que ofereço em resposta.
Meu corpo se move de forma instintiva, guiado pela necessidade de sentir cada detalhe, de prolongar cada sensação, como se esse instante pudesse durar para sempre. A respiração dele, ofegante e carregada de desejo, mistura-se ao ritmo frenético de nossos corpos, criando uma melodia sensual que ecoa pelo quarto.
- Por favor... não para Colin - sussurro, minha voz rouca de desejo.
E como se ele quisesse me punir por falar e pedir demais, sinto o vazio assim que Colin se afasta de mim, sua língua passando pelos próprios lábios como se o meu gosto fosse o eu sabor favorito.
- Mas que merda Colin... - Meu corpo ainda se move procurando por ele.
Colin por sua vez se coloca em cima de mim me deixando imóvel.
- Minha boa menina não fala assim, Penelope... - Ele fala com a voz rouca e puxa sem aviso e com força um dos prendedores do meu mamilo me fazendo arquear o corpo de prazer. Reviro os olhos deixando um gemido alto cortar o quarto.
Colin não precisa de palavras para me mostrar que ele controla cada sensação, cada segundo, e eu me entrego completamente, sentindo a vulnerabilidade se transformar em um prazer quase viciante.
Ele desliza a mão pelo meu rosto, com um toque leve, mas os olhos profundos, ardentes, deixam claro que ele quer muito mais. Quando ele se abaixa e roça os lábios pelos meus, quase sem contato, sinto um arrepio atravessar meu corpo. Ele está brincando, saboreando cada reação minha, cada movimento instintivo que faço para me aproximar, para pedir mais sem dizer uma única palavra.
- Você realmente quer mais, não é, Penelope? - pergunta, com a voz tão rouca e baixa que é quase um sussurro, carregado de autoridade.
Faço que sim com a cabeça, meu corpo todo ansiando pela resposta que ele tem para me dar, mas Colin não me dá o alívio que eu tanto desejo. Em vez disso, ele sorri, com um olhar de aprovação, mas cheio de um desafio que me deixa ainda mais perdida.
- Você precisa pedir direito - ele continua, seu olhar penetrante travado no meu. - Diga exatamente o que quer, Penelope.
Minhas bochechas ardem, e é como se ele pudesse ver o efeito que isso tem em mim. Hesito por um segundo, mas o olhar dele não vacila. A voz sai de meus lábios quase trêmula, enquanto sinto a antecipação me consumir.
- Eu... eu quero que você me foda, Colin...me faça sentir tudo. - Colin sorri levemente e segura meus braços ainda presos acima da minha cabeça.
- Boa menina... - Ele sussurra.
Ele se inclina, aproximando o rosto do meu, e sua respiração quente roça minha pele, despertando cada nervo, cada fibra. Com um movimento controlado e calculado, ele deixa um rastro de beijos pela minha mandíbula até meu pescoço, provocando-me com toques leves que me fazem arfar, ansiosa por mais.
Colin segura meu corpo e me faz girar na cama me deixando de bruços. Apoio meus cotovelos sobre a cama quando ele segura minha cintura me fazendo empinar em direção a ele.
- Colin... - minha voz sai como um sussurro suplicante.
Ele abaixa a cabeça, deixando os lábios próximos do meu ouvido, e sua voz sai num tom grave e quase possessivo.
- Boa menina...agora, só relaxe e sinta. - Ele diz com força na voz.
Colin se posiciona e segura a trança do meu cabelo me fazendo levantar a cabeça. A pressão é ao mesmo tempo reconfortante e excitante, e eu mal consigo conter um gemido de prazer.
Colin começa a se mover segurando meu cabelo e puxando meu cabelo, seu corpo colide com o meu ecoando pelo quarto.
É delirante, é enlouquecedor, apenas sentir Colin grande e latejante em mim
- Geme pra mim, Penelope... - Colin fala como uma ordem e sua mão encontra a pele da minha bunda deixando uma marca vermelha ali, o impacto das palavras dele ecoa na minha mente, e a ordem soa como uma música hipnotizante, convidando-me a me perder no momento.
Enquanto Colin se move, a pressão que ele exerce ao puxar meu cabelo intensifica a sensação de entrega. Cada colisão do corpo dele contra o meu, cria ondas de prazer que reverberam por todo o meu ser, e eu me sinto cada vez mais envolvida na tempestade de sensações.
- Colin... - O gemido escapa dos meus lábios, uma mistura de prazer e submissão.
- Isso mesmo, boa menina... - ele murmura, e o tom de sua voz carrega uma satisfação que me faz querer entregar ainda mais. - Continue gemendo pra mim.
Sinto uma onda de energia percorrer meu corpo, e a necessidade de satisfazer suas ordens se torna uma prioridade. A cada movimento, a cada toque, vou me perdendo mais em sua dominância. As palavras dele são um convite à entrega total, e eu quero que ele saiba que estou disposta a ir até onde ele quiser me levar.
- Eu quero mais, Colin... - digo entre gemidos, minha voz cheia de anseio, enquanto o prazer se acumula em ondas dentro de mim. - Me faça sentir tudo...
Escuto Colin gemer e ele solta meu cabelo, empurrando minha cintura para baixo com as duas mãos intensificando as estocadas. Gemo enquanto aperto os olhos.
Levo meu quadril mais de encontro ao delo, procurando por mais e mais uma vez, sinto uma palmada em mim.
Colin se inclina para mais perto, suas mãos explorando meu corpo com um domínio que é ao mesmo tempo poderoso e sensual.
- Isso, ruivinha... - ele murmura entre gemidos, sua voz rouca e carregada de desejo. A paixão em seu tom me faz querer gritar por mais. - Você é perfeita assim.
Quando ele puxa o último prendedor do meu mamilo, a dor se transforma rapidamente em prazer agudo. Um grito escapa dos meus lábios, e eu sinto uma onda de calor percorrer meu corpo.
- Isso, Penelope... - ele geme, a voz carregada de um prazer quase animal, enquanto ele intensifica as estocadas, me fazendo sentir tudo de uma vez.
- Colin - grito, o corpo se contorcendo sob seu domínio. A mistura de dor e prazer é tão intensa que não consigo segurar os gemidos que brotam da minha garganta. Cada palmada que ele dá em mim é uma confirmação de que estou completamente sob seu controle.
Nossos corpos se movem em perfeita sincronia, um eco de gemidos e suspiros preenchendo o ar, enquanto cada onda de prazer nos leva mais perto do limite.
- Colin...por favor - grito novamente, perdendo-me nas sensações, entregando-me completamente a esse momento. - Colin...eu vou.... - Falo chorosa.
O corpo de Colin continua a se mover contra o meu, uma tempestade de prazer que nos envolve, e sinto que estou à beira de uma explosão.
- Isso mesmo, ruivinha, goza pra mim... - ele responde, a voz dele rouca, carregada de urgência.
Sinto meu corpo começar a se contorcer, a tensão acumulando-se em um ponto insuportável. As mãos quentes de Colin em minha pele, as estocadas firmes e profundas, tudo se combina em uma sinfonia de prazer que quase me derruba.
- Quero ouvir você, Penelope - ele exige de novo, a determinação em sua voz me empurra ainda mais para a beirada. - Grite o meu nome quando você gozar.
A expectativa é quase insuportável, e a maneira como ele me segura, firme e controlado, faz meu coração disparar..
- Colin, eu... - Murmuro sabendo que estou quase lá. As palavras escapam dos meus lábios em um grito desesperado. - Eu vou gozar...
No instante seguinte, o prazer explode em mim como fogos de artifício, cada onda me envolvendo e consumindo, enquanto gritos de prazer ecoam pelo quarto. Meu corpo se contorce sob a intensidade, e cada contração é um lembrete de quão completamente eu me entreguei a ele.
Colin continua a me guiar, seu corpo colidindo contra o meu, a cada movimento prolongando meu prazer enquanto ele também se aproxima do clímax. O som de nossos corpos, os gemidos e sussurros se misturando em um ritmo frenético, cria uma sinfonia que é apenas nossa.
- Você vai sentar em mim agora... - Ele ordena. - Minha vez de gozar agora, Penelope...
Eu rapidamente posiciono meu corpo sobre ele, as pernas tremendo com o recente clímax.
- Você está tão lindo assim... - murmuro, meu olhar fixo em sua expressão carregada de desejo e determinação.
- E você, Penelope, é a única que pode me dar o que eu quero - ele responde, a voz rouca e cheia de paixão. A forma como ele fala faz meu corpo estremecer de excitação.
Com um movimento instintivo, posiciono-me sobre ele, o calor dele irradiando através de nós enquanto o sinto me preenchendo novamente. Um gemido profundo escapa dos meus lábios, e a sensação é quase avassaladora.
- Isso mesmo, senta em mim - ele ordena, a firmeza de sua voz fazendo meu corpo responder a cada palavra.
Começo a me mover, a pressão crescente se transformando em uma onda de prazer que me envolve completamente. Sinto cada centímetro dele dentro de mim, e o prazer se intensifica a cada movimento. O olhar de Colin, fixo em mim, me faz sentir como se ele estivesse absorvendo cada segundo, e a conexão entre nós se torna ainda mais profunda.
- Isso, Penelope... - ele geme, suas mãos agarrando minha cintura, me guiando enquanto eu me movo sobre ele. - Grite pra mim, diga o quanto você está gostando.
- Colin - Grito jogando minha cabeça para trás, entregue ao prazer e à intensidade do momento. Cada movimento me leva mais perto de um novo clímax, e eu não consigo conter os gemidos que brotam da minha garganta.
- Você é... - A voz dele falha e vejo suas sobrancelhas arquearem quando posiciono as mãos sobre o peito dele e rebolo. - Tão boa pra mim Penelope...e eu sei que você gosta de ser minha... - Ele inclina o corpo e com a mesmo expressão olha para o nosso encaixe.
A visão de Colin, sua expressão repleta de prazer e intensidade, me faz sentir ainda mais desejada. O calor do seu corpo sob as minhas mãos e o modo como ele responde ao meu movimento provocam uma onda de excitação que me faz querer mais. A cada rebolada, sinto nosso encaixe se aprofundar, e a forma como ele me observa aumenta meu desejo de me entregar totalmente a ele.
- Eu sou sua, Colin... - confesso, a voz carregada de um prazer que me consome. O calor sobe pela minha pele, e cada palavra que sai dos meus lábios é um reflexo da entrega que estou sentindo.
Colin aproxima o corpo do meu abraçando minha cintura me fazendo sentar com mais força e nossos gemidos se fundem, sendo quase um só.
- Goza comigo, Pen... - Ele fala próximo ao meu ouvido enquanto meus seios roçam no peito dele com o sobe e desce.
As palavras de Colin ressoam dentro de mim como um feitiço, intensificando a onda de prazer que já me envolvia.
A forma como ele me abraça, a firmeza de seus braços em torno da minha cintura, me faz sentir segura e desejada ao mesmo tempo. Com cada movimento, sinto meu corpo se aproximar do clímax, a pressão crescendo a cada instante.
- Colin... - sussurro, minha voz um misto de desejo e necessidade. Sinto que estou à beira de uma explosão, e o modo como ele se inclina para mim, sua respiração quente contra meu ouvido, aumenta ainda mais a intensidade.
- Goza comigo, Pen... - ele repete, a voz rouca e carregada de urgência.
É como se suas palavras fossem a faísca que faltava. A pressão dentro de mim se torna insuportável, e eu sinto o clímax se aproximar rapidamente, como uma onda poderosa prestes a quebrar.
E então, quando o prazer finalmente atinge seu pico, eu me entrego a ele, pela segunda vez. Um grito de satisfação escapa dos meus lábios, e uma onda avassaladora de prazer toma conta do meu corpo. A sensação de gozo se espalha por cada fibra do meu ser, e eu me perco no momento, em Colin, em nós.
Inclino o corpo para trás e língua de Colin deixa uma última marca em meu corpo, que deve estar todo marcado. Nossas respirações pesadas e desconexas.
- Você é tão gostosa, Pen... - Colin fala agora suave. De volta ao meu Colin, gentil.
- Pelo menos duas vezes por mês... - Começo e sinto o corpo de Colin enrijecer. - Quero que você me coma assim... - Ele me puxa pela cintura fazendo nossas testas suadas se unirem.
Ele sorri contra meus lábios, sua respiração ainda entrecortada enquanto mantém nossos corpos colados. Seus dedos deslizam lentamente pela minha pele, como se quisesse prolongar cada sensação, cada arrepio que percorre meu corpo.
- Sempre que quiser, amor... - Ele murmura, os olhos fixos nos meus, cheios de ternura e desejo. - Você sabe que eu faria qualquer coisa por você.
Sorrio, sentindo meu coração acelerar por um motivo totalmente diferente agora. Ele me envolve em um abraço apertado, seu calor me envolvendo completamente enquanto nossos corpos começam a se acalmar.
- Eu te amo, Colin... - sussurro contra seu peito, sentindo o bater forte de seu coração sob minha pele.
- Eu também te amo, ruivinha... - Ele suspira, um sorriso preguiçoso tomando seus lábios. - E você sabe que é você quem manda aqui.
Fecho os olhos, me aconchegando ainda mais contra ele, sentindo-me segura, completa. No fim das contas, não era só sobre desejo. Era sobre nós.