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Capítulo 32 - Pergunta inusitada.

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Connor

Ok...

Além daquele pirralho do Joseph, eu nunca deixei de ficar bravo com alguém tão rápido quanto com Celine. Eu não consegui. Ela parecia tão feliz e doce.... Tanto o seu cheiro quanto o seu corpo pareciam estar apelando contra meus instintos de Alpha.

Que porra está acontecendo comigo?

Entrei na cozinha e me aproximei. Seria uma ótima oportunidade ajudá-la só pra mostrar que eu não sou um Alpha tão ruim assim. E bem, mesmo que ela não saiba, a companhia dela é agradável.

Minhas vontades nunca foram tão desafiadas quanto agora. A imagem dela mais cedo se despindo continuava aparecendo na minha cabeça. De novo e de novo. Os olhos em brasa naquele dia na floresta, a ameaça contra mim e aos meus lobos e a sua ousadia não paravam de rondar meus pensamentos. E sentindo o cheiro dela tão intenso agora, tirava toda a minha capacidade de pensar em outras coisas. Coisas como o que eu deveria fazer quanto a Christopher e quanto ao meu território.

Suspirei profundamente.

Vocês não entendem como é estar na pele de um Alpha agora.

Eu devia me controlar, controlar meus impulsos e os meus pensamentos, mas esses estímulos estão me afetando tanto quanto um macho perto de uma fêmea em potencial. E Celine é uma fêmea em potencial. Porra, isso é natural acontecer entre nossa espécie, mas é tão inconveninte...

- O que você está fazendo? - Sua voz me despertou.

- Vou te ajudar a fazer a macarronada. Quero aprender. - Deixei claro e liguei o fogo. Ela me olhava com um sorriso convencido no rosto.

Não sabe o quão perigoso é esse sorriso.

- Uhum... - Ela se aproximou correndo seus olhos em mim. - Mas saiba que você nunca vai fazer uma macarronada igual a minha... - Ela deu uma risadinha perversa que eriçou minha nuca, e logo em seguida se abaixou pra pegar alguma coisa no armário. Pude perceber os músculos da sua perna tremerem levemente quando se inclinou.

Merda.

Desviei o olhar.

Nunca tinha visto uma loba que gostasse tanto de correr para chegar a esse ponto de fadiga.

Engoli em seco.

- Então me observe loba... - Respondi tentando conter o meu lobo que estava começando a ficar inquieto, mas um sorrisinho ladino acabou aparecendo na minha boca. Nem sabia mais do que a gente estava falando quando ouvi Celine soltar uma risada preguiçosa. Olhei para ela com uma sobrancelha arqueada e admirei a mini covinha que apareceu no canto de sua boca com o entusiasmo. Era a primeira vez que via ela rir desse jeito. E ouví-la confortou algo dentro de mim. Tive a certeza que estava fazendo a coisa certa.

Nós continuamos ali na cozinha preparando o jantar. E admito, é trabalhoso ter Celine como chefe. A cada oportunidade ela dava ordens e eu devolvia um olhar mortal que nem parecia afetar ela.

Pether hora ou outra reclamava e dizia que não ia comer minha comida e eu mandava ele calar a boca e morrer de fome se ele preferisse. Celine soltava algumas risadas baixas, mas eu conseguia notar a diversão dela. O que fez cada segundo valer a pena.

Tudo acabou dando certo e a macarronada parecia visivelmente boa. Para falar a verdade, foi Celine que fez a maioria das coisas. Eu só auxiliei ela a cortar alguns ingredientes e colocar a quantidade certa de creme de leite no molho.

Connor, o que você está tentando fazer?

É uma ótima pergunta. Até alguns dias atrás, eu só estava preocupado em resolver os assuntos da alcatéia e não sentia mais nada além de dever e preocupação. Eu queria tudo diante dos meus olhos e no controle das minhas mãos. Mas depois que recebi Celine na minha casa, algo fundamental parou de ser tão importante.

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