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Capítulo 51 - Cheiro de medo.

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Pether

Eu tinha saído daquele restaurante extremamente irritado depois que vi aquela mulher. Meu temperamento nunca mudou tanto depois de sentir um simples cheiro antes. Aquele tal de Caim tinha algo de muito estranho como Connor havia me falado, mas aquela mulher...

Maika, não é?

Ela estava sozinha naquela mesa. Celine tinha ido ao banheiro e Connor acabou saindo para ir procurá-la depois de estar demorando cinco séculos para voltar.

Aquela mulher loira olhava de vez em quando pra mim. Seus olhos azuis e frios de alguma forma mexiam com o meu lobo de uma maneira que eu ainda não conseguia dizer se era bom ou ruim.

Olhei na direção dos banheiros por um momento. Sem sinal de nenhum dos dois. Caim também não está na mesa dela. Tem alguma coisa acontecendo, não tem?

Um minuto depois vi Caim entrando pela porta da frente do restaurante. Foi até sua mesa e conversou com sua irmã antes de saírem apressados. Os olhos dela estavam arregalados quando ele agarrou seu pulso e praticamente a puxou dali.

O que está havendo?

Olhei na direção dos banheiros e voltei a olhar para eles enquanto saíam. O que está havendo comigo? Não é da minha conta, mas...

Me levantei e saí do restaurante resmungando comigo mesmo. O cheiro dela era doce, mas estava fraco demais para uma loba.

Porra... isso é medo?

Os vi caminhar apressados até desaparecerem virando a esquina. Respirei fundo e meu instinto dizia para seguí-los. Sorrateiramente.

Precisava saber o porquê desse comportamento. Ela não parecia confortável em nenhum momento no restaurante. Mesmo quando encarava a banda se apresentando. Nenhum balançar do corpo, nenhum sorriso. Só... tensão.

Como se estivesse assombrada.

Meu lobo rosnou pela décima vez em cinco minutos e comecei a segui-los com cuidado.

Droga... Connor e Celine vão estranhar meu sumiço, mas eu preciso fazer isso por algum motivo que eu não descansaria minha cabeça no travesseiro essa noite se não fizesse.

Andei com cuidado entre as pessoas. Usando todas as minhas habilidades de solitário para não ser notado. Que se resumem a... Bem, eu não estou fazendo nada de especial. Na verdade, os dois nem estão preocupados com a possibilidade de estarem sendo seguidos. E isso deixa claro que deve ter acontecido algo muito mais importante. Então, no momento eu só precisava saber o porquê e me preocupar para onde eles estavam indo tão apressados.

Durante longos minutos, enquanto mantinha uma distância segura deles, esperei na esquina para que eles avançassem mais. Pareciam estar conversando, mas estavam distantes o suficiente pra nenhum som chegar até mim. Já estávamos longe do centro e não haviam mais tantas pessoas andando, então tinha que redobrar o cuidado. Pareciam estar seguindo para a periferia e me mantive atento neles enquanto andavam. Meu celular começou a tocar e me apressei em pegá-lo do bolso.

Era Connor.

Merda, agora não. Desliguei o celular e o guardei novamente.

Voltei a olhá-los. Ela tinha realmente matado um humano por causa do irmão? Observei melhor enquanto ela caminhava de cabeça baixa ao lado dele. Não mais sendo puxada, mas o cheiro ainda estava lá. Medo.

Até um cego poderia perceber que os dois tinham uma relação ruim. O comportamento dele com ela, o jeito que ele praticamente arrastou ela do restaurante e a reação da loba com isso. Eu sabia muito bem diferenciar comportamentos recentes de comportamentos de longa data. E esse era no mínimo, um dos piores.

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