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Capítulo 60 - Desabafo.

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Celine

Acordei com um leve barulho vindo do corredor. Parecia ser bem cedo ainda. Olhei para o lado e vi um corpo belíssimo e levemente bronzeado enrolado nos lençóis. Me arrastei cuidadosamente até ele e beijei suas costas. Era para ter sido só um beijo para não acordá-lo, mas seu cheiro e seu calor delicioso acabaram me instigando a deslizar a ponta do meu nariz na sua pele e deixar mais beijos na extensão de suas costas. Não demorou pra eu ouvir um murmúrio rouco vindo dele. O que me arrancou um sorriso largo.

— Não me atice logo de manhã, minha fêmea... — Ele falou baixo. — Ainda mais um Alpha.

— Desculpa ter te acordado. — Passei a mão nas suas costas e desci até sua lombar. — Não resisti. — Sussurrei no seu ouvido antes de apertar sua bunda deliciosa.

— Hmm. — Murmurou movendo os braços. — E você acha que eu resisto se continuar assim? — Virou a cabeça pra me olhar e percebi que seu lobo estava bem acordado quando me deparei com seus olhos escarlate. O que me surpreendeu um pouco. Mordi o lábio inferior quando vi o cabelo revolto sobre a testa e a feição manhosa. Virou seu corpo pra mim e me trouxe pra perto dele num aperto maravilhoso.

— Você está muito sexy... — Falei e senti ele lamber meu pescoço devagar. Um arrepio gostoso subiu pelo meu corpo e ele ronronou apertando minha bunda de volta.

— Bom dia, meu doce. — Me beijou prensando meu corpo na cama. Sua mão passeou pelo meu corpo até parar sobre meu ponto mais sensível. O que fez eu prender a respiração.

— Connor, não podemos. Pether está logo ao lado. — Senti ele deslizar seus dedos na minha boceta e eu prendi um gemido quando mordeu minha orelha.

— Mas eu preciso de você agora.

— Não... — Senti ele deslizar dois dedos pra dentro de mim e meus olhos se fecharam de prazer. Ontem a noite ficamos tão tensos com toda aquela situação de Maika, Caim e Pether, que acabamos trocando só alguns amassos antes de dormir. Acabei sufocando o desejo dentro de mim. Connor parecia estressado com tudo aquilo também. Levantou de madrugada para atender algumas ligações e ouvi alguns linguajares quando recebeu a notícia que haviam perdido o rastro de Caim.

— Connor... — Beijou meu queixo e me virou de barriga pra baixo. Senti seus dentes roçarem no meu ombro e segurou minha cintura erguendo meu traseiro pra ele. Sentia meu corpo pegar fogo só ao sentir sua necessidade e sua ereção me tocando lá embaixo. — Connor. — Falei novamente e olhei para trás. Se ele não parar agora eu não vou conseguir também. Ele olhou pra mim com as sobrancelhas franzidas e respirou fundo antes de dar um tapinha no meu traseiro em resignação.

— Tudo bem. — Sorriu e saiu de cima de mim. Respirei fundo e vi ele andar tenso até o banheiro com aquele corpo divino. Quando entrou, deixei minha cabeça cair no travesseiro. Ele está irritado...

Levantei, amarrei meu cabelo e coloquei minha roupa que estava sobre a poltrona. Estava começando a esfriar de verdade. Abri a cortina e vi o tempo lá fora. Cinza e a floresta um pouco enevoada. Podia ouvir o barulho do chuveiro e respirei fundo. Precisava de um café...

Saí do quarto tentando acalmar o meu corpo do recente acontecimento e quando passei pelo corredor, arregalei os olhos quando escutei uma voz feminina vindo do quarto de Pether. Foi baixa, mas o suficiente para identificar. Não deve ser coisa da minha cabeça... Não demorei pra bater na porta do quarto de Pether.

— Pode entrar. — Ele respondeu e eu abri colocando a cabeça pro lado de dentro. A primeira coisa que notei foi o sorriso sutil no rosto dele quando olhou na minha direção, e logo mais adiante, pude ver Maika acordada. Um olhar neutro no rosto enquanto me encarava de volta. As mãos apertavam uma à outra, os ombros estavam caídos, mas sua aparência estava viva de novo. Um pouco suja e machucada da luta violenta de ontem, mas viva.

A LUA, O CAOS E A LIBERDADE [+18]Onde histórias criam vida. Descubra agora