A LUA, O CAOS E A LIBERDADE [+18]

Celine

Acordei com meu corpo incrivelmente calmo e relaxado. Era difícil ter noites assim, e acho que nunca dormi tão bem na minha vida. Quando inspirei fundo, logo senti o cheiro preferido da minha loba. 

Sorri me aconchegando mais naquele lugar macio e quentinho. Sentindo uma carícia leve da cintura até meus ombros. Franzi o cenho e pisquei devagar. A imagem ainda borrada daqueles olhos claros quase me tirou o fôlego. Eu estava apoiada no seu braço forte, minha perna enrolada na dele. Seu calor acolhedor e seu sorriso se abrindo enquanto me olhava.

— Bom dia, loba. — Falou, ainda me acariciando.

— Connor... — Levantei a cabeça do travesseiro. As lembranças de ontem a noite logo chegaram na minha cabeça novamente. Senti minhas bochechas enrubecerem rapidamente. — Connor! — Ele abriu mais o sorriso e me apertou em seu corpo. Estava estonteante só com uma perna pra fora da coberta e seu abdômen definido debaixo do toque das minhas mãos. A sua imagem atiçando meu estado de espírito logo de manhã. — Nós realmente... — Sussurrei estarrecida. — Pensei que tivesse sido um sonho... — Abri um sorriso besta na cara e encarei o meu Alpha. Ele sorriu e me beijou virando na cama. Seu corpo grande e deliciosamente pesado sobre o meu.

— Eu fiquei aterrorizado quando pensei que tudo aquilo tivesse sido só um sonho. — Alisou meu rosto e sentou sobre mim. Uma perna de cada lado do meu corpo, tomando cuidado pra não me esmagar com seu peso. — Mas aí eu senti seu cheiro e vi você agarrada em mim. — Ele abriu um grande sorriso. Talvez o mais bonito que já vi. Me deu um beijo gostoso e tentei não desviar os olhos mais pra baixo ao perceber que estava extremamente excitado. Céus... Me virei embaixo dele e tentei levantar, mas ele me agarrou pela cintura e enfiou o rosto no vão do meu pescoço. Beijando e lambendo devagar, me fazendo arrepiar e gemer baixinho.

A luz fraca entrava pelas cortinas. Connor saiu de cima de mim beijando meus ombros e levantou da cama. Abriu as cortinas e pude ver tudo mais claro no quarto dele. As prateleiras de madeira, os móveis rústicos porém modernos para o estilo chalé. A janela branca com vidros enormes e amplos dava uma bela visão da floresta lá fora. Logo senti minha loba se animar.

Ouvi um celular tocando e segui meu olhar até Connor, que estava perto do seu closet totalmente nu e lindo. Andou até sua escrivaninha e pegou seu celular. Minha loba apreciando cada movimento gracioso daquele macho. Suas costas fortes acabavam com duas covinhas na lombar e uma bunda de tirar o fôlego.

Se virou pra mim ao atender.

Meus olhos logo desceram pelo seu corpo e suspirei ao sentir meu corpo esquentar. Connor me encarou abrindo um sorriso ladino e piscou. Me fazendo rir e me xingar mentalmente por tanta tentação.

Me levantei espreguiçando enquanto ele falava no celular. Fui ao banheiro e vi minhas roupas jogadas ali. Peguei elas e coloquei no cesto que tinha atrás da porta. Lavei meu rosto, escovei os dentes e fiz um coque no cabelo bagunçado. Encarei o espelho e logo vi a marca da mordida na curva do meu pescoço. Me aproximei observando melhor e sorri ao tocar o lugar.

A ligação eterna entre dois companheiros.

Suspirei e vesti uma camisa de Connor que estava pendurada atrás da porta. Quando saí, vi ele quase todo vestido.

— Hmm, eu não me lembrava de ter uma camisa tão linda como essa... — Connor sorriu ao me olhar. Se aproximou e deixou um beijo no meu pescoço. Me arrancando um suspiro. — Com fome? — Sussurrou.

— Muita... — Senti ele deslizar a mão pela minha bunda por baixo da blusa e beijar minha bochecha.

— Então vamos.