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Um romance entre uma secretária e seu chefe arrogante? Até onde esse amor é capaz de chegar...
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Saio praticamente correndo de dentro do banheiro, sinceramente não consigo acreditar que ele teve a coragem de me roubar um beijo, e ainda mais de me deixar assim, mas também não consigo acreditar que lhe dei um enorme tapa na cara, ele deve estar furioso comigo e eu nem sei de onde surgiu tanta coragem.
Olho para todos os lados e apenas oque vejo são pessoas conversando entre si, nenhum sinal do Reggie, nem da mãe ou irmã.
Lambo meus lábios devagar querendo ainda sentir mais um pouco daquele surpreendente beijo, por que o Vinnie me roubaria um beijo se desde o começo que me conheceu naquela empresa nunca demonstrou nenhum interesse, apenas ódio?
Essa é a única pergunta que vaga na minha mente neste momento.
Olho para a saída do baile e sem pensar duas vezes saio de lá para tomar um pouco de ar que era exatamente oque eu estava precisando.
Olho para o céu vendo a grande lua que ilumina essa noite, toco em meus lábios lembrando de cada momento dentro daquele banheiro, porque você está pensando nisso Amabel? Repreendo a mim mesma, antes de ser interrompida.
- Amabel, o que faz aqui fora? - pergunta curiosa.
Viro-me para trás e dou de cara com Dalilah a irmã de Vinnie e Reggie.
- Nada demais, apenas cansei da festa e resolvi tomar um pouco de ar aqui fora, olhe para o céu a lua está linda.
- Você está bem? Aqui fora está um pouco frio, aconteceu algo lá dentro? - pergunta desconfiada.
Claro meu anjo, seu irmão entrou no banheiro feminino, me agarrou me dando o melhor beijo que já experimentei na vida que quase me fez perder o sentido e as pernas, além de eu ter dado um enorme tapa na cara dele, tirando isso não aconteceu nada interessante.
- Nada mesmo Dalilah, obrigada pela preocupação, estou apenas com vontade de ir para casa, mas não encontrei o Reggie em nenhum lugar, por isso vim aqui para fora.
- Quer ir para casa? Tão cedo? - pergunta.
Olho para ela sorrindo, parece que ela lê meus pensamentos.
- Na verdade quero ir para qualquer lugar, bem longe disso tudo. - falo de uma vez.
- Acho que tenho um lugar perfeito para ir.
- Que? Como assim? - pergunto.
- É um local que na verdade eu ia muito antes de viajar para a Suíça, sempre que precisava pensar um pouco ou espairecer.
- Mas e o Reggie? Ele não vai procurar por nós? - pergunto.
- Eu invento uma boa desculpa para ele, confie em mim. - fala me dando uma piscadinha. - agora me espere aqui que volto em um minuto.
- Tudo bem. - falo por fim.
Minutos depois Dalilah volta com as chaves de um carro na mão e me pede para segui-la.
- Onde fica especificamente esse lugar? - pergunto curiosa.
- É um lugar que dá para se admirar muito bem a linda lua dessa noite.
Não demorou muito para chegarmos em um ponto alto da cidade, avistei um local iluminado, e parecia que a lua estava bem ao nosso lado.
- Vem, não precisar ter medo - fala me dando a mão.
Seguro sua mão e a paisagem que vejo faz meu queixo cair, dá para ver praticamente toda a cidade daqui, é um local lindo, e a lua fica mais bonita e iluminada.
- Bem... - Dalilah fala quebrando o silêncio - Sei que algo está te incomodando, e eu entendo sempre que algo me incomodava eu vinha aqui e apenas observava essa paisagem deixando todos os problemas de lado, é como se algo te revigorasse.
- Não têm nada me incomodando, estou apenas um pouco confusa em relação a algumas coisas.
- Sentimentos? - pergunta.
- Você por acaso sabe ler mentes? - falo rindo.
- Não,mas entendo um pouco ou muito sobre isso, eu também estou assim. - fala.
- O que aconteceu com você? - pergunto.
- Terminei um namoro que acho que nunca existiu e agora voltei e dei de cara com alguém que sempre mexeu profundamente comigo... e você? - fala.
- Bem, um cara foi super arrogante e insensato comigo e agora demonstrou sentimentos e me roubou um beijo, por outro lado tem outro cara que está sendo completamente perfeito comigo, mas não consigo sentir nada mais do que gratidão, o cara que eu deveria gostar eu sinto gratidão e oque foi péssimo comigo meus sentimentos balançam, não entendo.
- Perai, você não está falando do Reggie, né? - pergunta curiosa.
- Bem... Em partes, sim. - falo.
- E qual dos dois cara ele seria? - pergunta.
- O perfeito, com certeza. - falo sorrindo.
- E o outro? - pergunta mais curiosa ainda.
- Ninguém importante para falarmos, apenas um babaca. - falo.
- Ele estava na festa hoje? - pergunta.
- Infelizmente sim... - digo.
- Gostaria de saber se o conheço, assim poderia te ajudar - fala rindo.
- Não precisa se incomodar, já me ajudou muito me trazendo aqui, estou realmente me sentindo bem melhor agora.
- Você é Brasileira, certo? - pergunta.
- Sim, porquê?
- Sempre gostei muito do Brasil, mas nunca tive a oportunidade de conhecer, as mulheres de lá são lindas e você é a prova viva disso.
- Você também é linda, e eu nem preciso falar desses olhos, né? - falo.
- Obrigada, gostei muito de você, queria que desse certo com o Reggie.
- Nós somos apenas amigos, devo muito a ele. - digo.
- Felizmente ele não é nada parecido com o meu outro irmão Vinnie, você o conhece? - pergunta.
Ela tá soltando uma verde para colher outra madura, fala minha consciência.
- Acho que...acho que sim, afinal trabalhamos na mesma empresa - falo cortando assunto.
- Verdade...
- Acho melhor voltarmos. - falo.
- Tudo bem, te deixo em casa, então amanhã poderíamos sair para tomar um café, oque acha?
- Ótima ideia! - digo animada.
- Então, está combinado! - fala.
Logo em seguida ela me leva para casa, conversamos mais algumas coisas bobas no carro até chegarmos em meu apartamento.
- obrigada pela carona, e pela noite Dalilah.
- Eu que te agradeço por me escutar, até amanhã Amabel.
- Até amanhã! - digo.
Subo para o meu apartamento e me jogo no sofá cansada.
