MORE THAN I CAN SAY

Finalmente estávamos em agosto, e era iniciado o Summer Break. Eu e Charles estávamos de malas feitas para ir para o Brasil encontrar minha família em um resort no Ceará. Iríamos passar cinco dias lá e depois Charles quer conhecer o restante da família em Minas. Estou tão ansiosa!
Seríamos só eu, Charles, meus pais e meu primo Gabriel com a sua namorada Laura.

Nós tentamos nos disfarçar ao máximo, sem postar nada nas redes sociais, usando bonés e óculos nos aeroportos para que conseguíssemos um pouco de privacidade... o que não funcionou muito bem, mas até que foi tranquilo, bem diferente do que é ma época das corridas.

Nas redes socais a notícia de que eu e Charles fomos vistos no aeroporto de São Paulo já rodava a Internet, mas a nossa aventura começou quando finalmente chegamos em Jericoacoara.
Meus pais já estavam no resort com meu primo, então tínhamos combinado de nos encontrarmos no restaurante.

Assim que chegamos ao resort, fui tomada por uma mistura de ansiedade e felicidade. O lugar era incrível, com um visual paradisíaco que fazia jus às expectativas que tínhamos ao planejar essa viagem. 

Charles estava animado, mas eu sabia que ele estava nervoso. Apesar de ser sempre carismático, ele queria causar uma boa impressão, especialmente para os meus pais.

— Pronta para encarar o encontro oficial? — ele perguntou, ajustando o boné e me lançando um sorriso. 

— Totalmente. E você? 

— Nervoso, mas no bom sentido. Eu quero que eles gostem de mim, Anna. 

— Eles já gostam. Minha mãe me disse que ela assiste às corridas só para te ver, o que pra mim é um milagre, já que ela odiava os barulhos dos carros de corrida e sempre reclamava. — eu disse a ele. — E meu pai... Bom, digamos que você é o genro que ele sempre sonhou. Ele adora poder falar que a filha dele namora o piloto da Ferrari... Apesar do coração dele ser McLaren.

Ele riu, balançando a cabeça. 

— Ah propósito, vou só te relembrar os nomes. Meu pai se chama Luiz e minha mãe Elizabeth, meu primo Gabriel e sua namorada Laura.

— Certo, senhora chefe. Nomes decorados com sucesso. — ele me beijou no rosto. — Pronta?

— Pronta. — peguei a sua mão e fomos para fora do quarto.

Caminhamos de mãos dadas pelo resort, o calor suave da noite brasileira nos envolvendo. A brisa trazia o som das ondas, e meu coração batia forte com a expectativa do encontro. Charles parecia calmo, mas eu sabia que ele também estava nervoso. 

Chegamos ao restaurante, e logo avistei meus pais e Gabriel com Laura em uma mesa próxima à varanda, com vista para o mar. Minha mãe foi a primeira a nos notar, acenando animadamente enquanto meu pai olhava com um sorriso orgulhoso. 

— É agora. — sussurrei para Charles, apertando sua mão. 

Ele respondeu com um sorriso confiante. 

Assim que nos aproximamos, minha mãe levantou-se para me abraçar. 

— Minha menina! Estava morrendo de saudades! — ela disse, me apertando com carinho. 

— Também estava, mãe. — sorri, retribuindo o abraço. 

Então ela olhou para Charles, que estava ao meu lado. 

— E você deve ser o Charles. É um prazer finalmente te conhecer. — ela disse, com um sorriso acolhedor. 

— O prazer é meu, dona Elizabeth. — ele respondeu em português com aquele sotaque irresistível, e minha mãe riu.