抖阴社区

Capítulo 121

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A vida nunca tinha sido tão bela assim. Charles estava liderando o campeonato, o bebê estava completando três meses durante o GP de Singapura, então decidimos que iríamos anunciar a mídia entre o GP dos EUA e o do México, pois queríamos chegar comemorando muito no Brasil, que seria logo em seguida.

Eu preferi ficar em Mônaco e esperar a viagem para os EUA pois havia conseguido uma proposta de emprego grandiosa, para trabalhar com a equipe de figurinistas para um filme de época que seria dirigido pela Sofia Coppola e eu não poderia estar mais animada.

Tudo foi graças ao vestido de Aurora, que viralizou na Internet e algumas peças que produzi durante a faculdade vieram em seguida, graças a universidade em que estudei.
Stacey Battat, a figurinista parceira de longa data de Sofia, entrou em contato comigo. Disse a ela que no momento era um pouco complicado para mim me mudar para os EUA, mas ela disse que não haveria necessidade, poderíamos organizar de um jeito que minha agenda funcionasse, então, enquanto Charles estaria fazendo os treinos livres, eu estaria em Nova York fazendo minha entrevista.

Pascale estava indo para me fazer companhia. Charles praticamente deu a sua mãe a missão de ser minha guarda costas e ela não se importou nem um pouco.

— Eu consegui fechar o acordo com eles, Charles! — falei com ele no telefone. — Mas eu vou ter que vir todo mês e ficar pelo menos uns oito ou nove dias trabalhando aqui.

— Você não acha que isso vai ser muito puxado? Anna, tenho certeza que se você explicar a sua situação eles vão entender.

— Esse tipo de oportunidade não bate na porta duas vezes. Não tenho como falar que não posso trabalhar porque estou grávida.

— Você não falou que está grávida? — Charles tinha a voz um pouco exaltada. — Anna, eles vão saber disso assim que anunciarmos.

— Mas ai o meu contrato já foi assinado, agora não tem mais o que fazer.

— Você ficou maluca?

— Charles, eu não posso perder essa oportunidade! Você é monegasco, europeu, o mundo sempre abre as portas para você. — eu não queria que isso se tornasse uma discussão, ainda mais por telefone. — Acha que é fácil pra mim como brasileira conseguir esse tipo de coisa?

— Anna, eu consigo contatos para te enfiar na produção que você quiser depois que o bebê nascer. Isso dá sua nacionalidade não vai ser um peso...

— Charles, chega. — eu o cortei por ver aonde essa conversa iria parar. — Consegui essa proposta por um mérito meu. Sei que meu trabalho está sendo reconhecido por conta do nosso relacionamento, mas não vou admitir que você vá atrás de ninguém para conseguir algo pra mim. — ele tinha me tirado do sério. — E eu estou grávida, não doente. Você está me sufocando com essa paranoia toda de cuidado.

— Só estou pensando no seu bem estar e no do nosso filho. — ele falou por fim.

— Eu sei que está, mas por você eu ficaria envolta em plástico bolha presa em uma cúpula de vidro. Não é assim. — respirei fundo. — Meu amor, eu dou conta disso e se me sentir muito cansada e ver que está sendo mais do que suporto, eu vou falar com eles. Mas você precisa me deixar tentar.

— Ok, eu vou deixar você fazer o que achar melhor. Me desculpe se estou te sufocando tanto assim, mas é que quero você bem. — A voz dele era quase no tom de culpa, e isso me deixou abalada.

— Eu estou bem... — respirei fundo, tentando conter as lágrimas. — Nós estamos bem.

— Mas a minha mãe vai com você durante essas viagens. — Charles insistiu. — Isso quando eu não puder ir.

MORE THAN I CAN SAYOnde histórias criam vida. Descubra agora