MORE THAN I CAN SAY

By badgalgiff

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Uma jovem brasileira vai para a Itália fazer um curso de história da arte, lá ela consegue uma oportunidade c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
aesthetic - personagens
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capitulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capitulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capitulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capitulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112
Capítulo 113
Capítulo 114
Capítulo 116
Capítulo 117
Capítulo 118
Capítulo 119
Capítulo 120
Capítulo 121
Capítulo 122
Capítulo 123
Capítulo 124
Capítulo 125
Capítulo 126
Capítulo 127
Capítulo 128
Bônus ✨️
Comunicado!
Capítulo 129
Capítulo 130
Capítulo 131

Capítulo 115

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By badgalgiff

Acordei com um cheiro horrível e forte no quarto, aquilo começou a me deixar enjoada de novo. Eu havia conseguido dormir bem, até aquele cheiro fazer meu estômago se contorcer. Tive que correr para o banheiro.

Charles foi atrás de mim no mesmo instante, e mais uma vez segurou no meu cabelo. Eu não tinha mais o que por pra fora, o estômago estava vazio, mas mesmo assim ele insistia. Alguns minutos mais tarde, eu consegui me recuperar, mas não por completo, aquele cheiro horrível ainda estava no quarto.

— Que cheiro é esse? – eu perguntei a Charles.

— De café da manhã? – ele disse apontando pro carrinho próximo a mesa.

Fui inspecionar o que havia lá e achei a bela salada de frutas com mamão. Estava ali, o grande causador do meu estrago matinal.

— Tira essa salada de frutas daqui, por favor. Esse cheiro do mamão está acabando comigo. — fui indo em direção a cama.

Charles me olhava com uma certa preocupação, mas não questionou o meu pedido, rapidamente eu vi ele interfonar e em poucos minutos alguém estava indo buscar a salada de frutas.

— Você quer ir a um hospital? — ele se sentou ao meu lado na cama, acariciando meu rosto.

— Não... Eu vou ficar bem. — disse a ele. — É só que... eu odeio mamão, o cheiro dele sempre me causou repulsa, e pelo jeito, depois de uma bebedeira, eu tenho que manter distância dessa fruta.

Charles começou a rir.

— Me desculpa estar rindo disso... — ele me olhava com carinho, e eu consegui abrir um sorriso pra ele. — Nunca vi um mamão causar tanto estrago. Você sabe que vou contar isso pro Carlos e pro Arthur, não sabe?

— É claro que vai, essa é a sua nova arma contra mim.

Ele me deu um beijo na testa em seguida.

— Você quer tomar café? Ou quer pedir um suco ou um chá? — ele perguntou.

— Um chá de camomila seria ótimo. Vai me ajudar com o estômago.

— E você vai comer o que?

Minha cara se contorceu só de pensar em comer algo.

— Anna, você tem que comer alguma coisa, nem que seja alguma torrada... — Charles insistiu.

— Ok, eu aceito o chá e duas torradas no máximo. — por fim aceitei.

Acabei conseguindo comer as duas torradas com o chá, mas eu tentava não pensar de novo no maldito mamão para evitar outra crise do estômago.

Mais tarde, quando já eram quase duas horas da tarde, eu e Charles saímos para almoçar com nosso grupo de amigos. Fomos em um restaurante belíssimo próximo ao hotel, eu preferi comer apenas coisas mais leves. Minhas amigas também tiveram uma noite parecida com a minha, afinal de contas, todas nós havíamos passado dos limites, mas nenhuma teve que expulsar a salada de frutas do quarto por causa do mamão.

— A Anna sempre detestou mamão, mas nunca imaginei que o ódio era tão forte assim. — Bea comentou rindo enquanto Charles contava a história.

— Por favor, podemos esquecer o mamão? — eu pedi a eles, queria evitar outro enjoo.

Então o garçom nos entregou nossas sobremesas. Eram todas bem diversificadas, exceto eu e Elisa que pedimos sorvetes, mas de sabores diferentes. O dela parecia delicioso, um cheiro tão bom.

— Posso provar do seu? — perguntei a ela.

— Claro que pode. — ela disse enquanto eu pegava um pouco. — Mas ele é de pistache.

Eu odiava pistache, mas aquele sorvete parecia a coisa mais deliciosa que já havia provado em toda minha vida.

— Eu nunca imaginei que um sorvete de pistache fosse tão bom assim. — disse a ela.

Elisa me olhava estranho.

— Pode pegar mais se você quiser.

E é claro que eu peguei, na verdade, acabei deixando o meu sorvete de lado para comer o dela.

Ficamos ali conversando sobre os preparativos para o casamento, Charles contando também um pouco sobre as nossas aventuras nos últimos países que visitamos por conta das corridas, mas vi que Elisa estava mais quieta, eu podia sentir o seu olhar em mim.

— Vamos no banheiro comigo? — ela falou pra mim.

— Claro. — disse e nós duas saímos da mesa.

Será que ela estava brava por causa do sorvete?
Eu poderia ter pedido outro pra ela, talvez seria melhor pedir quando voltássemos do banheiro. Poderia pedir um pra mim também.

— Você já fez o teste? — ela disse assim que entramos no banheiro.

— Que teste?

Elisa olhou nas cabines para ver se tinha mais alguém ali, mas o banheiro estava vazio.

— O teste de gravidez. — ela disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Como assim?

— Quanto tempo faz que a sua menstruação está atrasada? — Elisa insistiu.

E foi ai que percebi o que estava acontecendo.

As mudanças de humor com intensidade, os enjoos insistentes, o desejo em comer algo que não gostava... a menstruação que não veio.

Elisa me olhava com firmeza, mas não de forma dura, mas sem desviar o olhar do meu.

— Quanto tempo faz, Anna? — ela insistiu mais uma vez, após esperar que eu processasse a informação.

Eu me recostei na pia.

— Não veio esse mês... eu não me dei conta de que já havia passado o tempo... — fui repassando os dias mentalmente — Eram tantas coisas pra se fazer, malas pra arrumar... Viajar de um país pro outro... Eu não percebi que atrasou tanto tempo assim, e acho que pensei que já até estava tomando o remédio, mas não estou.

— Você está sem tomar o anticoncepcional tem quanto tempo? — ela perguntou gentilmente.

— Eu tomei esse último mês, mas como não veio a menstruação, acabei esquecendo...

— E você estava tomando direito? — ela perguntou.

— Sim, sempre tomei ele regularmente, nunca tive problemas com isso.

— Você tem certeza de que pode não ter esquecido de tomar algum dia que seja? — Elisa questionou. — A sua rotina está muito corrida, é normal que isso aconteça.

Ela tinha razão, poderia ter acontecido.

— E também é normal que seu corpo esteja estranhando toda essa mudança na sua rotina, que antes era pacata e agora... Cada semana um país novo, um outro fuso horário... — ela segurou minhas mãos e me olhou nos olhos — Mas também é um sintoma de gravidez, Anna.

— Você acha que… eu posso mesmo estar grávida? — minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, quase um sussurro.

— Eu acho que só tem um jeito de saber. — Elisa respondeu com calma.

Me olhei no espelho. Uma parte de mim queria rir. A outra queria chorar. E uma terceira estava em completo pânico.

— E se eu estiver? — perguntei, virando para ela.

— A gente vai descobrir juntas. E depois você decide o que quer fazer. Mas primeiro, você precisa fazer o teste. — Elisa disse firme, mas doce, como sempre foi comigo. E eu não sabia o quanto precisava daquele abraço até sentir os braços dela me envolvendo.

Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. Não era o momento certo pra isso. Sei que na Disney eu tive essa sensação muito forte, mas aquilo foi momentâneo, a minha vida com Charles ainda precisava se acertar em vários pontos, aquela não era a hora para um filho.

— Você está bem? — Elisa pousou a sua mão na minha e me olhava pelo espelho.

Eu estava em completo choque.

— Não, eu não estou bem. — sei que com ela não precisava fingir tranquilidade.

Senti meus olhos começarem a arder com as lágrimas que insistiam em sair. Ela me abraçou.

— Anna... Sei que a ideia de um filho pode ser assustadora, mas... Pensa que o pai dessa criança é um homem que te ama e te trata com todo carinho do mundo. — ela tentava me acalmar e sutilmente fui me soltando de seu abraço.

Sabia que Charles sonhava em ser pai, e quanto a isso, meu coração estava em paz. Mas eu estava pronta para ser mãe?

— Nós precisamos voltar pra mesa antes que alguém venha atrás de nós. — disse a ela enquanto tentava ajeitar minha maquiagem.

Pouco depois saímos do banheiro como se nada tivesse acontecido. Ninguém percebeu o que se passav, talvez porque estavam rindo demais com alguma piada de Beatriz sobre a noite passada.

Voltamos pra mesa e, enquanto todos comiam distraídos, mandei uma mensagem para Elisa por debaixo da mesa:

“Você pode ir comigo comprar o teste?”

Ela respondeu com um sutil aceno de cabeça e, minutos depois, arranjou uma desculpa qualquer sobre ir em uma farmácia antes da viagem pra Minas, que tínhamos reprogramado para a manhã seguinte, por conta da ressaca conjunta que tivemos.

— Eu vou com ela. Preciso de ar fresco, ainda tô com o estômago esquisito.

Charles só me olhou com carinho e beijou minha bochecha.

— Se começar a passar mal de novo, me liga.

Saí com Elisa andando pelas ruas próximas ao restaurante. O céu estava limpo, a brisa fresca. Era pra ser um dia tranquilo de pré casamento com minhas amigas… Mas tudo que eu conseguia pensar era naquele possível pequeno universo dentro de mim.

Na farmácia, peguei dois testes. Elisa pagou tudo sem deixar que eu contestasse, e voltamos para o restaurante em silêncio, mas de mãos dadas. Aquilo me acalmava.

Pouco tempo depois, os rapazes pagaram a conta e fomos todos de volta para o hotel. Charles andava abraçado comigo e Elisa estava bem ao meu lado, me dando o suporte emocional que precisava naquele momento. Essa era a função dela na minha vida, me ajudar a segurar os segredos mais complexos como se fosse a coisa mais normal da sua vida.

— Quem topa uma piscina assim que chegarmos ao hotel? — perguntou Filipe.

— Só vamos! — disse Elisa toda animada.

— Vamos, Anna? Prometo manter longe qualquer mamão que aparecer. — Charles disse me provocando.

— Acho que vou topar. — me forcei a parecer animada.

Aurora e Beatriz já começaram a fazer planos sobre o que fazer na piscina.
Assim que chegamos no hotel, eu olhava ansiosa para Elisa e ela pareceu entender o recado, pois me deu um leve aceno com a cabeça antes de entrar no quarto, e com isso eu já entendi que ela tinha um plano.

No quarto, Charles se trocou rapidamente e me puxou para ele.

— Você está muito quieta... Ainda está enjoada? — ele perguntou.

— Um pouquinho, mas estou bem melhor agora. — disse a ele com meu melhor sorriso e dei um leve beijo em seus lábios.

— Assim que a gente voltar da piscina, vou te fazer se sentir melhor. — ele sussurrou no meu ouvido.

— Se controla, Leclerc... Deixa esse fogo para a noite.

Ele abraçou mais forte e começou a beijar meu rosto em varias partes, o que me fez ter uma crise de riso. Mas logo tivemos que parar, já que ouvimos uma batida na porta. Era Elisa, eu tinha certeza.

— Anna, preciso de sua ajuda! — entrou Elisa correndo pelo quarto assim que Charles abriu a porta. — Eu não sei qual biquíni usar, porque trouxe várias opções e cada um combina com uma saída... Não sei qual escolher!

Charles me olhou com cara de tédio.

— Pode ir Charles, eu já te encontro na piscina. — falei pra ele, que logo saiu e fechou a porta atrás de si.

— Meu plano deu certo! — disse Elisa triunfante.

— Você não contou... — antes que eu terminasse a frase, ela já me respondeu.

— Vou contar quando você liberar. Por enquanto só nós duas sabemos. — ela me assegurou.

Peguei os testes com ela e me tranquei no banheiro com eles nas mãos e o coração parecendo que ia rasgar meu peito. Fiz o que tinha que fazer, deixei os testes virados para baixo sobre a pia e saí do banheiro. Elisa já me esperava sentada na cama.

— Agora é só esperar. — falei sentando ao lado dela. — Três minutos podem durar uma vida inteira.

Ela riu baixinho, me puxando de leve pra encostar a cabeça no ombro dela. E ali ficamos, em silêncio, contando cada segundo.

Quando finalmente o alarme do celular tocou, eu levantei devagar, como se meus pés estivessem pesando toneladas. Entrei no banheiro com o coração disparado.

Dois testes. Dois risquinhos.

Em ambos.

Fiquei ali parada, encarando os resultados, sem saber o que fazer com aquilo. Nem chorar, nem sorrir. Era como se o tempo tivesse parado.

Elisa entrou no banheiro com cuidado, se aproximou devagar.

— E então?

— Deu positivo. — sussurrei.

Ela não disse nada, só me abraçou.

Eu estava grávida.

E agora?

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