MORE THAN I CAN SAY

By badgalgiff

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Uma jovem brasileira vai para a Itália fazer um curso de história da arte, lá ela consegue uma oportunidade c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
aesthetic - personagens
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capitulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capitulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capitulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Capítulo 100
Capítulo 101
Capítulo 102
Capítulo 103
Capítulo 104
Capítulo 105
Capítulo 106
Capítulo 107
Capítulo 108
Capítulo 109
Capitulo 110
Capítulo 111
Capítulo 112
Capítulo 113
Capítulo 114
Capítulo 115
Capítulo 116
Capítulo 117
Capítulo 119
Capítulo 120
Capítulo 121
Capítulo 122
Capítulo 123
Capítulo 124
Capítulo 125
Capítulo 126
Capítulo 127
Capítulo 128
Bônus ✨️
Comunicado!
Capítulo 129
Capítulo 130
Capítulo 131

Capítulo 118

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By badgalgiff

Admito que com Beatriz e Elisa sabendo, tudo pareceu mais leve, o que me deu coragem para contar a Aurora com mais facilidade. Estávamos nós quatro nos arrumando, antes das outras madrinhas chegarem, e aquele seria o último momento de nós quatro juntas antes de toda loucura que viria depois. Tinha que ser ali.

- Aurora? - chamei ela e olhei para Bea e Elisa, elas rapidamente entenderam e acentiram com um sorriso.

- O que foi? - ela se virou pra mim.

- Parece que tem um convidado de última hora chegando para o seu casamento. - falei pra ela em um tom casual, enquanto pegava uma uva no carrinho que tinha ali para nós servirmos.

- Como assim um convidado de última hora? Quem é esse maluco que não confirmou presença?

Elisa e Beatriz começaram a rir.

- Calma, não vai causar nenhum estrago, já está tudo resolvido. - falei com um sorriso.

- Quem é esse maluco? - ela olhou para Elisa e Beatriz que estavam rindo. - Vocês estão rindo demais, é piada, não é?

- Ainda não dá pra saber se é maluco ou maluca. - falou Elisa.

- Gente, vocês estão me pondo nervosa! - Aurora já estava quase gritando. - Não é nenhuma vergonha do passado não né? Por favor!

- Não, não é isso, calma! - falei rindo também, mas com a barriga já gelando.

- E você nem precisa se preocupar com lugar pra ele se sentar porque vai ser com a Anna. - disse Beatriz.

Aurora ainda me olhava sem entender nada.

- Você vai ser tia. - falei pra ela com toda coragem que juntei.

Ela me olhou em completo silêncio, como se o tempo tivesse parado por um segundo. Seus olhos piscaram lentamente, a ficha ainda não caindo.

- Como assim...? - ela perguntou, com a voz mais baixa, olhando fixo pra mim.

- Eu estou grávida, Aurora. - disse num sussurro, mas com firmeza, e dei um passo em sua direção.

Ela piscou mais uma vez, olhou para a minha barriga, ainda sem sinal nenhum aparente, e depois olhou pra Elisa e Beatriz, que assentiram com um sorriso carinhoso. Então, por fim, olhou de novo pra mim.

- Você tá grávida?! - ela gritou, e logo em seguida levou as mãos à boca. - MEU DEUS!!! - e pulou em cima de mim me abraçando com força.

- Ei, cuidado! Ninguém pode saber ainda! - falei rindo e quase perdendo o equilíbrio.

- Desculpa! - ela disse ainda me abraçando, com os olhos marejados. - Eu não acredito! Você vai ser mãe! A gente vai ter um bebê no grupo! - ela falava animada, sem se conter. - Isso é a coisa mais linda que você podia me contar hoje! Que presente, Anna!

- Eu tava com medo de te contar, sabia? Não queria tirar o foco do seu dia...

- Tira foco nenhum, mulher! Isso é um marco na nossa história! Meu Deus! Você está gerando um ser humano! Um projetinho de piloto! - ela gritou e começou a rir e chorar ao mesmo tempo. - E o Charles já sabe?

- Ainda não... - falei, mais séria agora.

Aurora, que já ia voltar a gritar de emoção, parou e franziu o cenho.

- Como assim ele não sabe?

- Eu vou contar, antes de irmos embora pra Mônaco, só que eu descobri isso em São Paulo, não foi planejado e estou tão feliz quanto assustada, precisei acertar a ideia na cabeça com calma antes de falar. Mas prometo que ele não volta pra casa sem saber. - disse, e ela assentiu, um pouco mais calma.

- Tá bom. Eu vou me conter para não sair berrando isso para todos. Vocês não estavam planejando, né? Agora tudo faz sentido, você não é de passar mal com bebida assim... - ela me olhou em choque - Você bebeu muito na minha despedida de solteira! A criança vai nascer alcoolizada! - ela tagarelava sem parar. - Elisa, isso tem algum problema? Ahh mas o Charles vai ficar tão feliz! Já deu pra ver o quanto ele quer ser pai dos seus filhos... Meu Deus! Esse bebê já tem o melhor time ao lado. Só as melhores pessoas do mundo sendo as tias mais babonas de todas...

As quatro se abraçaram ali, em um círculo apertado e cheio de amor. Por alguns segundos, tudo pareceu perfeito - como se a vida estivesse no ponto exato onde deveria estar.

- Agora anda, que você vai ser a madrinha mais gata grávida da história dos casamentos! - Aurora disse, secando os olhos. - E se esse bebê for menina, vai se chamar Aurora. Aceita que dói menos!

- Vai sonhando. - provoquei rindo, sentindo o coração finalmente tranquilo.

- Vai ter rinha de tia pra ver quem será a homenageada. - disse Elisa e todas nós rimos.

A cerimônia do casamento foi em uma fazenda linda, e o clima estava perfeito, havia sol, então não estava frio, exceto quando foi anoitecendo. Charles se divertia muito com meus velhos amigos e até parecia que já se conheciam há décadas.

Enquanto ele bebia, eu fingia, passando todas as bebidas alcoólicas que me serviam para Elisa e Bea que não se importaram em momento algum com isso, e elas sempre davam um jeito de me conseguir um drink sem álcool.

Como prometido a Charles, Gustavo estava ali e eu os apresentei.

- Eu fiquei passado quando a Anna disse que estava ficando com você. - ele disse a Charles. - Até porque ela é uma diva e merece alguém que esteja a altura dela, né? Sempre soube que ela ia viver algo grandioso, ai vem o universo e da pra ela um Charles Leclerc... Arrasou demais!

Charles soltou uma risada sincera, levemente surpreso com a espontaneidade do Gustavo.

- Bem... espero estar à altura mesmo - respondeu, com aquele sorriso torto e encantador, lançando um olhar carinhoso pra mim.

- Tá, mas só te dou minha bênção definitiva se você prometer que vai tratar ela como rainha. Tem que ter um casamento bem chique mesmo, convidar aqueles seus amigos pilotos pra gente tirar uma casquinha... - Gustavo ria enquanto dava as ideias - E depois tem que tratar ela da mesma forma, ou melhor do que quando namorava, porque essa menina aqui já passou por muito boy lixo, não precisa de outro não. A única vez que ela acerto, além de você, foi comigo, mas infelizmente, da fruta que ela gosta eu como até o agricultor.

Charles estava vermelho de tanto rir das bobeira que Gustavo falava.

- Mas de verdade, eu estou imensamente feliz por vocês terem se encontrado e feito tão bem um ao outro. Anna está com uma luz radiante, que eu nunca vi igual, parece que você elevou o que tinha de melhor nela.

- Tenho certeza que ela fez o mesmo comigo. Eu jamais faria algo para machuca-la, a minha função, além de correr, é fazer dela a mulher mais feliz do mundo. - ele disse me olhando com os olhos brilhando de ternura.

Minha barriga deu um leve frio, aquele típico calafrio de quando alguém fala algo muito real, muito direto, muito definitivo. Tive que desviar o olhar por um segundo, como se aquilo me expusesse mais do que qualquer roupa decotada.

- Ah pronto, agora eu que vou chorar! - disse Gustavo, abanando os olhos. - Me pega uma água com gás antes que eu abrace esse monegasco.

Todos rimos.

- Pode abraçar, mas não venha tirar casquinha do meu namorado. - falei brincando.

- Amiga, você tirou muita casquinha minha, e foi eu quem te ensinou a beijar na boca. Se ele gosta do seu beijo é graças a mim! - Gustavo soltou mais uma pérola.

Eu deixei eles conversando ali, vi que os dois haviam se dado muito bem, Gabriel meu primo também entrou no meio da conversa e mais outros amigos próximos que já não via há um bom tempo.

Charles e Gustavo seguiram conversando por um tempo, e eu observava de longe, com o coração quente. Era tudo como eu queria: amigos e amores se misturando, rindo, se aceitando.

Fiquei um pouco com meus pais, conversando sobre a vida, aproveitando aquele momento família com eles e com aquelas pessoas tão queridas. Tetê estava ali também, disse que eu tinha ficado linda com o vestido de madrinha e que Aurora escolheu muito bem a cor marsala, pois deu a ela o destaque perfeito com o branco.

- Sua mãe falou que você queria comer manjar de ameixa, já pedi pro tio Eustacio comprar o leite, e amanhã vou fazer.

- Ela conto pra senhora? - perguntei sorrindo.

- Contou... E eu tô achando que você não está se alimentando direito, porque chegou aqui comendo tanto!

- É que a comida da senhora é diferenciada... Não é a mesma coisa dos outros lugares. - disse a ela.

- É porque tudo é feito com amor... E aquilo que é feito com amor não tem como ficar ruim.

Aquilo que minha tia me disse era a mais pura verdade. Não tinha como ser ruim algo que foi feito com amor. Tetê nem imaginava que estava me dando um conselho que serviria para muito além das apetitosas comidas que ela fazia.

- Tetê, eu posso te contar um segredo? - falei baixinho para ela.

- Claro que pode. - ela me olhou com curiosidade.

- O Charles vai ser papai. - contei a ela como se fosse uma fofoca.

Ela me olhou por um instante, tentando entender bem a situação.

- Você está grávida? - os olhos dela brilhavam com as lágrimas de felicidade que brotavam.

- Estou.

Ela me abraçou com tanto carinho.

- Então a vontade de comer o manjar não é só sua, tem que ser o manjar mais gostoso de todos. - ela segurou a minha mão na sua. - Eu estou tão feliz por você!

- Mas o Charles ainda não sabe e nem os meus pais. A senhora não pode contar pra ninguém. - falei segurando a sua mão e passando o outro braço em volta dela.

Meu tio Eustacio se sentou a mesa com a gente, ele era irmão da Tetê, ela não se casou ou teve filhos, mas criou eu e meu pai, e agora, ela teria um bisneto do coração. Sei que a emoção dela era tão grande quanto a minha, mas ela guardava bem os segredos e cortou o assunto assim que meu tio se sentou lá para comer.

Ela começou a falar que ele não podia esquecer de pegar o leite no dia seguinte porque tinha que fazer o doce antes eu eu fosse embora.

A noite caiu aos poucos, e as luzes da fazenda criaram um clima mágico. As pessoas já estavam alcoolizadas o suficiente para começar a pagação de mico. O casal de noivos estavam radiantes. Aurora dançava com Filipe como se flutuassem. Logo ela me chamou para dançarmos na pista e eu tentei manter o ritmo do pessoal o máximo que deu.

Uma hora ou outra alguma das meninas me dava água, suco, ou me forçava a comer alguma coisa, mas elas estavam tão bêbadas que por fim era eu quem estava fazendo elas comerem e beber água.

Depois resolvi dar um tempo lá fora, eu me afastava um pouco para tomar ar, sentindo o cheiro da grama úmida, Charles veio até mim.

- Tá tudo bem? - ele perguntou, olhando pra mim com aquela atenção que só ele tem.

- Está sim. - respondi. - Tudo perfeito, na verdade.

- Cansada?

- Um pouco... - hesitei. - Mas não é só isso.

Ele franziu levemente a testa.

- Charles, eu preciso te contar uma coisa. - falei com a voz mais firme do que esperava ter.

A conversa com Tetê parecia ter me dado forças e coragem para enfrentar esse momento.

Ele ficou em silêncio por um segundo, como se já sentisse que algo importante viria.

- Pode falar - disse, com os olhos presos aos meus, calmos, mas atentos.

- Aquele dia na varanda lá de casa nós falamos sobre nossas vidas mudarem de uma hora para a outra e tomarem um outro rumo, não é? - sentia meu coração acelecerando em cada palavra.

- Sim... - ele disse atento às minhas palavras.

- E hoje conversando com a Tetê, ela falou algo sobre fazer as coisas com amor... Que tudo que é feito com amor não pode ser ruim... E bom... Acho que isso foi feito com muito amor...

Ele me olhava intensamente, como se já estivesse entendendo o que eu iria dizer, mas que para crer era preciso ouvir as palavras para ser concreto.

- Acho que foi feito com muito amor, porque é algo que fizemos juntos... - meus olhos já estavam cheios de lágrimas. - Eu... estou grávida, Charlie.

Finalmente as palavras foram ditas.

O silêncio que se seguiu pareceu congelar o tempo. Ele olhou para mim, depois para minha mão sobre a barriga, e depois de novo para mim. Piscou os olhos devagar, como se o cérebro estivesse correndo para alcançar o coração.

- Você... - ele começou, mas a voz falhou. Engoliu seco, deu um passo mais perto. - Você tá falando sério?

Assenti, sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

- Eu descobri há pouco tempo. Queria ter certeza, queria encontrar o momento certo. E... sei que é tudo recente, e que não planejamos isso para agora... Mas eu não podia mais guardar isso só pra mim...

Ele passou a mão pelos cabelos, como sempre fazia quando estava tentando processar algo grande. Depois deu um meio sorriso, incrédulo, e me olhou com uma ternura que nunca tinha visto antes.

- A gente vai ter um filho? - ele perguntou, a voz saindo num sussurro.

- A gente vai ter um filho... Ou filha. - falei, com um sorriso tímido.

E então ele me puxou para um abraço forte, mas cheio de cuidado, como se eu fosse feita de vidro.

- Meu Deus... Anna... Isso é... Isso é a coisa mais linda que você podia me dizer. - ele falou ao pé do meu ouvido. - Eu não sabia que dava pra te amar mais, mas acho que tô descobrindo agora.

Ficamos ali, abraçados sob as luzes penduradas da festa, enquanto ao fundo tocava Die With a Smile do Bruno Mars com a Lady Gaga. Por um instante, só existíamos nós dois, e um universo inteiro começando dentro de mim.

Dançavamos aquela melodia que parecia dizer muito sobre o que um sentia pelo outro.

- Prometo que vou fazer tudo certo. Com você, com o bebê. Vocês são a minha vida agora. - ele disse, afastando o rosto só o suficiente pra olhar nos meus olhos. - E com toda certeza tudo que é feito com amor, não tem como ser errado.

As palavras me faltavam, mas sabia que nada precisava ser dito naquele instante, apenas estar ali nos braços de Charles, entregue aquele momento, já dizia mais do que qualquer palavra.

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